«Coenvolver para promover» é a reflexão lançada por Francisco
Cidade do Vaticano, 05 set 2020 (Ecclesia) – O Papa Francisco convida a “coenvolver para promover” as pessoas deslocadas internas, tornando-as “protagonistas da sua libertação”.
“Às vezes o entusiasmo do serviço não nos permite ver a riqueza dos outros. Se realmente queremos promover as pessoas às quais prestamos assistência, precisamos de as envolver e de as tornar protagonistas da sua própria libertação”, afirmou o Papa num vídeo de preparação do 106° Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, que vai ser celebrado a 27 de setembro.
‘Forçados, como Jesus Cristo, a fugir’ é o tema da mensagem do Papa para o 106° Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, que vai ser celebrado a 27 de setembro, onde destaca o “cuidado pastoral das pessoas deslocadas internamente”.
A Secção Migrantes e Refugiados, da Santa Sé, está a publicar vídeos mensais do Papa Francisco, com testemunhos, e outros subsídios em formato multimédia, que aprofundam um dos subtemas da mensagem e este mês destaca o testemunho do padre Noel, que em criança foi deslocada interna.
“Ser deslocado interno significa perder tudo, começar mesmo do nada. Quando falo de tudo, isso significa as relações, o nosso modo de vida, a escola, as nossas amizades, tudo o que tivemos de começar do nada”, relembra.
O padre recorda que não teve os mesmos direitos e oportunidades que as crianças tiveram: “Por exemplo, enquanto as outras crianças brincavam, tive de trabalhar para ganhar a vida. Por isso, quando era criança trabalhei num clube de golfe, carreguei todos os sacos para ganhar a vida”.
A pobreza extrema foi a causadora das dificuldades pelas quais a sua família passou, e o agora padre Noel, foi enviado para um “internato junto da Igreja católica”, situação que ajudou a despertar a sua vocação.
“Quando me tornei padre, então pude compreender os deslocados internos melhor do que outros. Eu entendo o que é ser um deslocado interno, por isso elas precisam realmente de uma saudação, precisam realmente de compreensão, especialmente por parte dos líderes da Igreja. Quando eles as visitam, elas ficam felizes, sentem-se seguras”, finaliza.
LS