Centenário das Aparições foi vivido com intensidade nos países de acolhimento
Fátima, 24 out 2017 (Ecclesia) – Os missionários que acompanham a diáspora de língua portuguesa no continente europeu estão reunidos em Fátima, até sexta-feira, no final de um ano que ficou marcado pelas celebrações do Centenário das Aparições.
“Fátima esta no coração e na vida das comunidades católicas”, unindo os emigrantes, disse à Agência ECCLESIA Eugénia Quaresma, diretora da Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM).
O organismo propôs a realização do evento anual na Cova da Iria, por ocasião do Centenário das Aparições, “uma ideia muito bem acolhida”.
A diretora da OCPM adianta que os responsáveis reunidos procuram sublinhar o potencial evangelizador da devoção mariana, realçando que “a mensagem de Fátima quer ser promotora de paz”.
No Luxemburgo, a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima esteve em visita entre 22 de maio e 25 de junho, passando por 40 paróquias em cerimónias marcadas pelo sentimento e religiosidade portuguesa.
O Centenário foi vivido com “muita intensidade”, assinala o coordenador da Pastoral de Língua Portuguesa neste país.
“Os emigrantes portugueses são, a meu ver, os melhores embaixadores desta mensagem”, realça o padre Rui Pedro.
O religioso scalabriniano lembra que foi feito um esforço para acrescenta uma “dimensão cultural” a estas celebrações, o que aconteceu com a instalação “coração independente vermelho”, de Joana Vasconcelos, e um concerto da fadista Cátia Guerreiro.
O padre Victor Cecílio trabalha junto da comunidade portuguesa em Friburgo, na Alemanha, onde o Centenário das Aparições foi vivido como “um momento muito profundo”
O sacerdote sublinha a adesão às celebrações e o trabalho “muito bem desenvolvido” pelos missionários na Alemanha, onde os emigrantes se sentem “acolhidos”, apesar das dificuldades, como acontece a nível da língua.
“Fátima continua a ser uma porta, para os portugueses, uma realidade que toca o coração das nossas gentes”, sustenta.
Patrick Renz, diretor do Secretariado Nacional das Migrações da Igreja Católica na Suíça, declara à ECCLESIA que os portugueses estão “muito bem integrados” e que os suíços “gostam dos portugueses”, com a imagem de “grandes trabalhadores”.
‘Família – Escola de Amor; Fátima – Escola de Fé – Que caminhos de Esperança?’ foi o tema escolhido para este encontro promovido pela Obra Católica Portuguesa de Migrações, na Casa Beato Nuno, em Fátima.
Esta quarta-feira, a irmã Ângela Coelho, postuladora da Causa dos Pastorinhos de Fátima, vai abordar o tema ‘A santidade de Francisco e Jacinta desafia a Igreja à conversão – Que desafios para a Igreja de Cristo’.
Na tarde do mesmo dia, Cristina Sá Carvalho, do Secretariado Nacional da Educação Cristã, falará sobre ‘Catequese a alegria do Encontro com Jesus uma leitura e uma perspetiva de implementação’; um casal do movimento ‘Família de Caná’ dará um testemunho sobre a realidade familiar.
‘Os jovens na diáspora e em Portugal ao serviço de uma sociedade mais humana e humanizante’ é outro tema refletido neste encontro de missionários que trabalham com os emigrantes portugueses na Europa.
LFS/OC