Fórum «Portugal entre a emigração e a imigração» vai dar a conhecer números e razões para as alterações dos fluxos migratórios
Lisboa, 13 jan 2012 (Ecclesia) – Membros do Governo e da Igreja vão estar juntos na abertura das comemorações dos 50 anos da fundação da Obra Católica Portuguesa das Migrações (OCPM), marcada para 21 de janeiro, em Fátima.
O secretário de Estado Adjunto do ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Feliciano Barreiras Duarte, e o secretário de Estado das Comunidades, José de Almeida Cesário, participam na sessão ao lado de responsáveis da hierarquia católica de Portugal e do Vaticano, refere a mais recente edição do semanário Agência ECCLESIA.
O encontro conta com a presença do bispo de Beja e vogal da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, D. António Vitalino, e do subsecretário do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, o padre italiano Gabriele Bentoglio.
A alta-comissária para a Imigração e o Diálogo Intercultural, Rosário Farmhouse, e o diretor da OCPM, frei Francisco Sales, também vão comparecer na sessão que ocorre uma semana após o 98.º Dia Mundial do Migrante e Refugiado, que a Igreja Católica assinala este domingo.
De 20 e 22 de janeiro, também em Fátima, a Obra Católica organiza o 12.º encontro de formação de agentes sociopastorais das migrações, iniciativa que tem por tema “Portugal entre a emigração e a imigração”.
No encontro, em que participam representantes das capelanias dos imigrantes africanos, brasileiros e ucranianos de Rito Bizantino, vão ser dados a conhecer os números das migrações em Portugal e explicar “as razões para as alterações dos fluxos migratórios”, refere uma nota de imprensa.
O fórum, apoiado pela Agência ECCLESIA e Caritas Portuguesa, e a sessão de abertura das comemorações dos 50 anos da OCPM realizam-se no auditório do Museu de Arte Sacra e Etnologia dos Missionários da Consolata.
As celebrações do cinquentenário prosseguem com um encontro internacional marcado para 2 a 6 de julho em Alfragide, arredores de Lisboa, que pretende reunir os responsáveis da Igreja Católica que trabalham com imigrantes em Portugal e com a diáspora lusa no estrangeiro.
A Semana Nacional de Migrações, agendada para 12 a 19 de agosto, tem o ponto alto a 12 e 13 com a Peregrinação do Migrante e do Refugiado a Fátima, presidida pelo presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e dos Itinerantes, o arcebispo italiano D. Antonio Maria Vegliò, que no consistório de 18 de fevereiro vai ser criado cardeal pelo Papa Bento XVI.
O programa celebrativo prevê a realização de uma conferência internacional sobre as migrações e a publicação do livro ‘A Igreja face ao fenómeno migratório, 50 anos da OCPM’.
As comemorações terminam com um seminário e a sessão de encerramento, a 18 de dezembro, Dia Mundial do Migrante, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, onde vão ser homenageadas figuras relevantes da história da Obra Católica.
A OCPM foi criada em 1962, 10 anos depois da publicação daquele que o frei Sales considera o “primeiro grande documento da Igreja sobre a migração”, a Constituição Apostólica Exsul Familia, do Papa Pio XII, sobre o cuidado espiritual dos emigrantes.
Na mensagem para o Dia Mundial do Migrante e Refugiado de 2012, o Papa Bento XVI apelou a uma “nova evangelização, inclusive no vasto e complexo fenómeno da mobilidade humana”.
RJM