METANOIA pela Paz

“Criar uma rede de pessoas que entendam e desejam a não-violência como horizonte de acção na sociedade” era o objectivo do encontro que o Metanoia – Movimento católico de Profissionais – promoveu no passado dia 9 de Março, em Lisboa, e que na opinião de Alfreda Fonseca, coordenadora deste organismo, “foi muito positivo porque correspondeu aos nossos objectivos”. Nesta iniciativa, que tinha um painel de intervenientes diversificado, os participantes colocaram em evidência que “a não violência é uma forma alternativa de procurar solucionar os problemas” – reconheceu Alfreda Fonseca, que adiantou ainda “que a cultura da não-violência não é uma atitude passiva, um passivismo ingénuo” mas sim “uma tentativa de resolução de problemas” que para o Metanoia “parece ser um avanço civilizacional”. Como referiram os vários oradores: “é fundamental conseguir dominar a violência que existe no ser humano e canalizá-la para um âmbito que não seja destrutiva do outro” mas “construtiva para uma realidade comum”. Nesta linha de raciocínio, a coordenadora do Me-tanoia salienta que “é necessário encontrar as mediações objectivas sem utilizar a lei do mais forte, a lei de Talião”. Tal como disse Graça Frias, da Amnistia Internacional, que o “sonho comanda a vida” isso não implica que a paz seja entendida como uma utopia porque a paz “é um esforço quotidiano” embora ao nível dos valores “seja considerada uma meta” – disse Alfreda Fonseca. No final do ano passado, mais concretamente em Outubro, o Metanoia aprovou uma proposta para uma «cultura de não violência». Um documento, que segundo Alfreda Fonseca, em declarações à Agência ECCLESIA, não estava “a antecipar o momento actual, de uma iminente guerra ao Iraque” mas “porque estas questões sempre foram objecto da nossa reflexão”. E adianta: “a não-violência é uma forma de ceder ao outro mesmo quando não se concorda com aquilo que o outro propõe”.

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