Final do primeiro dia da viagem a França marcada por preocupações ecuménicas e por desafios às novas gerações Esta Sexta-feira à tarde, após discursado no Colégio parisiense dos Bernardinos perante uma ampla assembleia de personagens da cultura francesa, Bento XVI presidiu à celebração de Vésperas na catedral de Notre Dame. Na cerimónia participaram cerca de 2 mil sacerdotes, religiosos, religiosas, seminaristas e diáconos. Na sua homilia, o Papa apelou à “unidade” dos cristãos”, alertando contra quaisquer formas de divisão: “Rezo pela unidade da Igreja”. Perante uma assembleia que incluía representantes de outras igrejas cristãs, o Papa manifestou “respeito e afeição” por todos os cristãos, frisando que não pode haver uma Igreja “sem unidade em volta de Cristo redentor”. Em seguida, Bento XVI dirigiu-se aos jovens reunidos no adro da Catedral, para uma vigília de oração, destacando-se a presença dos que participaram no recente Dia Mundial da Juventude em Sidney. O Papa convidou-os a “dar testemunho de Deus” e ressaltou os perigos da “superficialidade da fé e a moral dissoluta”. Lembrando a vida de São Paulo, Bento XVI citou “as disputas e lutas no seio da comunidade crente, a sedução que oferecem pseudosabedorias religiosas ou filosóficas, a superficialidade da fé e a moral dissoluta”. A única sabedoria verdadeira é a de Cristo”, disse o Papa, que convidou os jovens a compreender cada vez melhor o sacramento da Confirmação para comprovar a qualidade e a profundidade da fé e a fortalecê-la. Bento XVI falou ainda da cruz de Cristo como símbolo “da sabedoria de Deus e do seu amor infinito” além de ser “testemunha muda dos sofrimentos dos homens” e a “expressão de todas as suas esperanças”.