Mensagem de Natal do Bispo das Forças Armadas e de Segurança

Bate à porta do mundo, a cada instante, inspirando os sonhadores da Beleza e das transformações sociais, irmanando-se com todas as classes, abrindo-se a cada uma das idades e ofertando a oportunidade de O deixarmos nascer, Ele, o Senhor Jesus Cristo! Há Natal, sempre que a Humanidade o quer, no sentido das Mulheres e dos Homens aceitarem os Seus critérios, longe da adaptação da Sua vida a modas e deturpações. Por sinal, abundante literatura dos nossos dias, sobretudo por via ficcional, tem lido a figura de Jesus Cristo à luz da emoção e de demais afectos. Mesmo por caminhos falsificados, o Deus, revelado em Jesus Cristo, é buscado como modelo e justificação. Importa cultivar o Natal enquanto nascimento da Pessoa de Jesus Cristo em ordem a que jamais se confunda a justiça com pressões de grupos ou de tempos ou a Paz com a inspiração da violência ou de interesses ou a vida com a permissividade de quem não a defende em todos os domínios. Oxalá que um programa de transformação do mundo brotasse do presépio, à semelhança deste voto: “Chegará o dia em que as nações serão julgadas não pela sua força militar ou económica mas pelo bem estar do seu povo, pelo seu estatuto de saúde, nutrição e educação, pelas oportunidades ofertadas em ordem a um salário justo, pela capacidade de se participar nas decisões que afectam a vida de todos, pelo respeito para com as liberdades políticas e civis, pela ajuda dada a quem é frágil e se encontra em desvantagem, e, pela protecção necessária ao crescimento psicológico e corporal da criança.” (Unicef, O Progresso das Nações, 2000). O Natal é Festa da Família, é Serviço à Comunidade, é atenção aos desamparados, é cuidado por novos e tristes aspectos da pobreza. Todas estas, e demais expressões, são Natal e do Natal: de um Deus que se assemelha a mim! Quem acredita que Deus se fez homem e habitou entre nós tem de sonhar cada vez mais longe. No exterior ou interior de Portugal, os homens e as mulheres das Forças Armadas e das Forças de Segurança viverão também esta época, de acordo com as suas opções de crença ou descrença, sempre longe dos convencionalismos sociais. A todas e a todos que partilham a minha convicção de fé ou exclusivas razões humanas (igualdade de oportunidades, crescente promoção das instituições militar e policial segundo os mais exigentes princípios da Justiça Social, mudança de um mundo em que a solidariedade seja um direito e um dever), formulo os votos de um Natal de 2004 Muito Feliz! D. Januário Torgal Mendes Ferreira, Bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança

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