Mensagem da Comissão Episcopal do Laicado e Família para o dia da Mãe – 3 de maio de 2020

Recordar e celebrar o Dia da Mãe, faz-nos bem a todos

Faz-nos bem, a todos, recordar e celebrar o Dia da Mãe! Voltar a ser filho renova a nossa fraternidade.

Reconhecemos com gratidão a beleza do Amor de Mãe, que permanentemente, sabe ser Mãe, dedicando a sua vida ao acolhimento amoroso de seus filhos, à sua educação integral, ao acompanhamento ao longo das diversas etapas da vida, por toda a vida e com todas as capacidades da sua vida. Como afirmou S. Óscar Romero, alguém que soube dar a vida: «A escolha de vida de uma Mãe é a escolha de dar a vida. E isto é grande e belo!». Para os que têm o dom da fé, na maioria dos casos, têm ainda um obrigado acrescido à sua Mãe, é que como diz o Papa Francisco «Sem as Mães, não somente não haveria novos fiéis, mas a fé perderia boa parte do seu calor simples e profundo».  (Catequese Papa Francisco, 07-01-2015)

Por isso, celebrar hoje o Dia da Mãe é apoiar todas as mulheres que escolhem como caminho, oferecer ao mundo os seus filhos e dar-se pela família, berço natural da vida; apoiar e proteger em todas as circunstâncias e casos, o dom da maternidade e proclamar com o nosso compromisso, que as Mães são verdadeiras beneméritas da sociedade, pois sabem transmitir em todos os momentos, mesmo nos piores, a ternura, a beleza do perdão e a força da coragem. Que se enraíze cada vez mais em nós, o compromisso de apoiar e proteger o dom da maternidade, desde os primeiros momentos da fecundação, e em todas a fases da sua missão.

Claro que celebrar o dia da Mãe, também nos traz inquietações e incómodos interiores, quando recordamos as Mães que são vítimas de violência doméstica, e choram os seus filhos traumatizados. Mães que enfrentam as tempestades, e com energia e inesgotável criatividade que lhes vem dos horizontes alargados do Amor, superam tormentos e constroem a partir das cinzas, com a sua persistência, a bonança nas vidas de seus filhos e da sua família. Que na nossa cidadania, saibamos assumir a exigência de mudanças de mentalidade e comportamentos face ao martírio de muitas Mães não apoiadas nem compreendidas. Como lembra o Papa Francisco, «a Mãe, embora seja muito exaltada sob o ponto de vista simbólico, é pouco escutada e pouco apoiada no dia-a-dia. Pouco considerada no seu papel central na sociedade». (Papa Francisco, dia da Mãe 13-05-2018).

Neste ano acrescidamente difícil, marcado pela pandemia do Covid 19, aprendamos com as Mães o valor da vida que delas recebemos e percebamos como é bela a cultura da defesa da vida. Melhor do que nunca, percebemos a comparação de que Deus se serviu para nos dizer que nunca estamos sós e abandonados, porque ele nunca nos esquece, é como as Mães: «Acaso pode uma mulher esquecer-se do seu bebé, não ter carinho pelo fruto das suas entranhas? Ainda que ela se esquecesse dele, Eu nunca te esqueceria.» (Is 49, 15).

Obrigado a todas a Mães e feliz Dia da Mãe.

 

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Agência ECCLESIA

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