Médio Oriente: Cardeais pedem ajuda para os cristãos

No meio dos distúrbios na Terra Santa, um grupo frequentemente esquecido é a minoria cristã que vive em paz com a população muçulmana e judaica. O Pró-Grão-Mestre da Ordem Equestre do Santo Sepulcro, o Cardeal Foley sabe dos problemas que os cristãos enfrentam nos Lugares Santos. Recentemente regressou de Jerusalém e teve oportunidade de falar sobre a vida dos cristãos no lugar onde Jesus viveu. “Devemos estar cientes de que os cristãos da Terra Santa, que são os sucessores dos seguidores originais de Cristo, vivem, por assim dizer, vidas de opressão. São uma minoria em dois sentidos: minoria em Israel entre a população judaica; e minoria em Israel entre a população palestiniana que aí vive que é maioritariamente muçulmana”, indicou. Apesar de enfrentarem todos os problemas que acarreta ser uma minoria, os cristãos que vivem na Terra Santa também compartilham as fadigas dos seus vizinhos muçulmanos e judeus, mas existem dificuldades: “Claro, com a construção do muro à volta de Belém, a dificuldade de movimento entre a Cisjordânia, Israel e Jerusalém, as dificuldades de ganhar uma vida e de ter acesso à educação, tudo isto pesa fortemente sobre a comunidade cristã.” De acordo com o Cardeal Foley, citado pela H2ONews, a população cristã necessita de apoio: “Ajudai-os, suas escolas, paróquias, a Universidade de Belém, que é uma universidade católica no seio de uma sociedade maioritariamente muçulmana. E as escolas católicas aceitam também muçulmanos de forma a contribuir ao que esperamos que seja uma eventual paz entre muçulmanos, judeus e cristãos”. Já o prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, assegura que o Médio Oriente “é a grande esperança e a grande preocupação de Bento XVI e da Igreja”, em particular no que diz respeito à sorte dos cristãos, obrigados a fugir da região. “Os cristãos correm o risco de desaparecer, apesar de merecerem ficar onde sempre estiveram e onde deram provas de compromisso com a sua fé, mas também com a sua cultura e a sua pátria”, assinala o Cardeal argentino. Para este responsável, “a esperança apenas pode vir da paz e a comunidade internacional nunca deve cessar de a perseguir”. Departamento de Informação da Ajuda à Igreja que Sofre

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