Presidentes da Direção da AIC e da ARIC nas Conversas na Ecclesia
Lisboa, 26 Jun 2020 – O presidente da Associação de Imprensa de Inspiração Cristã (AIC) acredita que depois da fase pandémica “nada vai ser como antes”, todavia é preciso “saber dialogar com os poderes públicos” porque estes meios de comunicação social têm “muita vitalidade”.
Neste período em que a temática da covid-19 centrou as informações, a “imprensa de proximidade” foi fundamental e alguns presidentes de câmaras municipais lamentam a ausência “de não terem um jornal ou rádio local” para comunicar aos seus munícipes, disse Paulo Ribeiro, presidente da direção da AIC à Agência ECCLESIA.
No diálogo Conversas na ECCLESIA desta sexta-feira (26 de junho), com a presença de Paulo Ribeiro, presidente da direção da AIC e Nuno Inácio, presidente da direção da Associação das Rádios de Inspiração Cristã (ARIC), o tema da comunicação social regional e local esteve em destaque neste arco temporal que afetou a população portuguesa e mundial.
As rádios locais têm um princípio orientador que passa pela “ligação às suas comunidades”, “focados na suas gentes” e pelos eventos marcam as populações daquela região, frisou Nuno Inácio, presidente da ARIC.
“É à rádio que as pessoas recorrem” para saber a razão do toque da sirene dos bombeiros porque estes órgãos têm “um papel de ligação às suas localidades”, sublinhou.
A “velhinha rádio que já teve a sua morte anunciada tantas vezes” continua a ser o meio de referência informativo das populações locais, disse nas Conversas na ECCLESIA.
Ao nível da imprensa escrita, o diagnóstico “é parecido” porque a crise económica “bateu à porta de todos” e o “suporte dos jornais, assinatura ou título em banca”, caiu “drasticamente” devido á pandemia, lamentou Paulo Ribeiro.
Devido ao “atraso dos correios” e aos efeitos da crise, “os jornais estão a chegar a casa dos assinantes com atraso”, alertou o responsável pela AIC.
“Os correios estão a ter um tratamento nada exemplar e adivinham-se tempos piores” e os assinantes sentem-se “defraudados”, afirmou.
O “grande suporte” da imprensa escrita “em termos de receitas” é a publicidade, mas se o comércio local e regional fica debilitado, estes órgãos são “os primeiros a terem consequências negativas”.
As dificuldades deste setor da comunicação social “são conhecidas”, por isso a AIC pede que a contribuição do Estado “seja superior” porque “estão com a navegação à vista sem possibilidade de fazer planificação”, proferiu Paulo Ribeiro.
Paulo Ribeiro e Nuno Inácio referiram-se também à compra de publicidade institucional pelo Estado, prometida para o mês de abril, mas que ainda não chegou aos jornais e às rádios regionais e locais.
As Conversas na Ecclesia são um projeto da Agência ECCLESIA desde a Páscoa e até ao final deste mês de junho e partilharamm análises a temas relacionados com a juventude, a solidariedade, a comunicação, os acontecimentos do Papa e a agenda cultural, em cada dia da semana, de segunda a sexta-feira.
PR/LFS