Media: Novos desafios nos 30 anos do Centro televisivo do Vaticano

Organismo celebra hoje o seu aniversário

Cidade do Vaticano, 22 out 2013 (Ecclesia) – O Centro televisivo do Vaticano (CTV), assinala hoje 30 anos de “uma história feita de imagens” com a necessidade de responder a dois desafios, o tecnológico e a “renovação da linguagem”, segundo o seu diretor.

O Centro Televisivo do Vaticano foi instituído a 22 de outubro de 1983, por João Paulo II, e constitui “uma ocasião para refletir sobre a dinâmica complexa que caracteriza o uso do meio televisivo como instrumento narrativo ao serviço das palavras e dos gestos do Pontífice”, considera o padre Dario Edoardo Viganò.

Para o responsável existem dois níveis de “discurso, distintos e relacionados”: “a comunicação do Papa, o seu modo de se expressar, dialogar e de se encontrar com as pessoas, por outro, a comunicação sobre a sua figura e a sua mensagem”, escreve no jornal ‘L’Osservatore Romano’.

Hoje, têm o desafio responder à inovação tecnológica, e os últimos meses foram “caraterizados” por um investimento nesta área, e “à renovação a nível da linguagem, em função daquela que se poderia definir uma renovada estética da transmissão em direto”, adianta o diretor.

O CTV “empreendeu”, desde julho, um processo que vai permitir consultar de forma progressiva o material “quer aos agentes internos quer a quem tenciona visionar os documentos disponíveis no arquivo” a partir de 2014.

Quanto à “renovação a nível da linguagem”, o padre Dario Edoardo Viganò explica que o Ctv “tenciona reconsiderar as formas da narração televisiva” aproximando-se dos meios e do que é utlizado no cinema com a “multiplicação dos pontos de filmagem, uso frequente da lente grande-angular” e “filmagens muito aproximadas testemunham um projeto estratégico que influencia as escolhas da régia em função de uma representação renovada do real”.

O diretor destaca o direto do último conclave, que elegeu o Papa Francisco, a 13 de março de 2013, como “uma mudança significativa” na função estratégica da televisão e recorda “o uso persistente da lente grande-angular, em formato cinematográfico, ou os enquadramentos das câmaras colocadas atrás dos fiéis” que simulam uma proximidade entre os presentes e o Papa, ocultando o espaço que os separa.

Desde esta data que as escolhas das direções do CTV “sob o ponto de vista da enunciação televisiva” constroem “um efeito de inclusão máxima do espetador, exatamente para estar ao serviço do desejo de proximidade do Papa” e destaca imagens da ilha de Lampedusa, do Rio de Janeiro, Brasil, ou da cidade de Assis que revelam a “grande intensidade emocional que marca os encontros do Papa Francisco”.

OR/CB/OC

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