João Lopes Cardoso, do gabinete de comunicação diocesano, defende publicação de imagens apenas com «pequenos ajustes de edição»
Porto, 23 set 2019 (Ecclesia) – A diocese do Porto criou a sua conta de Instagram em 2015 tendo sido uma “aventura para experimentar” e atualmente as publicações querem dar “uma perspetiva diferente” de uma cerimónia ou encontro diocesano.
“O conteúdo segue um pouco o calendário diocesano, acaba por ser sazonal onde há períodos onde a atividade é mais ativa, como nas caminhadas de advento e quaresma, e as grandes atividades que mobilizam mais pessoas e comunidades, aí fazemos essa publicação/ divulgação de conteúdos seguindo essa linha”, refere João Lopes Cardoso, do gabinete de comunicação da diocese em declarações à Agência ECCLESIA.
O responsável pela gestão da conta do Instagram defende ainda que “pontualmente” partilha memórias ou atividades antigas onde as imagens “dão uma perspetiva diferente das que a maioria das pessoas encontram ou observam numa cerimónia ou encontro diocesano”.
A conta de Instagram tem mais de 1700 seguidores e é encarada como um “novo meio de evangelização” onde é transmitida a mensagem de Deus “através da vivência diocesana”.
“Nós, Igreja, não somos bons a transmitir aquilo que somos e vivemos, temos de fazer esforço para comunicar melhor mas não só ao nível da escrita mas ao nível da imagem, seja foto ou grafismo, temos de ser bons a contar histórias e a partilhar testemunhos, tem de ser um trabalho contínuo e melhorado, temos de ter essa consciência”, afirma.
João Lopes Cardoso, assumidamente apaixonado por fotografia e com duas contas pessoais no Instagram, aponta ainda que há imagens que causam mais impacto mas “quase sem edição”.
“Claro há fotos que resultam melhor no Instagram ou no Facebook e a escolha de uma imagem é consciente, eu sei que determinados momentos vão ter mais ou menos reações, comentários ou partilhas e estando nestas plataformas digitais queremos é que haja maior interação; e se há, a imagem resulta, e interessa-nos que haja feedback, que se identifiquem e estabeleçam uma relação afetiva com a imagem e seja representativo do que se vive na diocese ou comunidade”, esclarece.
Com clara noção da “força de algumas fotografias” João Lopes Cardoso defende “pequenos ajustes na edição”, seja apenas “contraste, exposição ou cor”.
“Por norma não gosto de editar por excesso as imagens e tornam-se artificiais, não me identifico com esses excessos, quero que sejam o mais naturais possíveis, e além disso não gosto de colocar grandes títulos ou descrições porque a imagem tem de falar por si e mostrar aquilo que foi vivido naquele momento e essa ligação tem de ser estabelecida com quem está a ver a fotografia”, explica.
“O impacto da Imagem” é o tema das Jornadas de Comunicação que acontecem nos dias 26 e 27 de setembro, em Fátima, e também o mote dos programas de rádio da semana de segunda a sexta-feira, pelas 22h45, na Antena 1 da rádio pública.
SN