Media: «A missão também se escreve» na imprensa especializada portuguesa

Igreja Católica celebra Dia Mundial das Missões este domingo

Lisboa, 17 out 2013 (Ecclesia) – A Associação ‘MissãoPress’ nasceu em 1996 com o objetivo de “potenciar e criar laços” entre os 13 títulos de imprensa missionária e “ser espaço de partilha e formação conjunta”.

“A MissãoPress continua a ser absolutamente necessária, porque estamos no tempo da partilha, e a manter os mesmos objetivos de sensibilizar para a missão, partilhar com o que acontece nas linhas da frente da missão e lutar por grandes causas”, explicou o padre Tony Neves, secretário da associação, no programa ECCLESIA (RTP2).

Destas “grandes causas”, o sacerdote destaca campanhas “importantes” como o “perdão da dívida aos países pobres”; “contra as armas ligeiras” e/ou a situação vivida pelas comunidades cristãs no “Darfur”, em África, antes da independência do sul do país em relação ao norte muçulmano.

Segundo o padre Tony Neves, estas campanhas e outras iniciativas focam-se em questões essenciais para a imprensa missionária especializada, “a construção de um mundo cada vez mais humano, fraterno e cristão onde os direitos humanos são respeitados” e onde as questões de justiça e paz são “vividas e implementadas”.

Para o entrevistado, um dos objetivos da impressa missionária é “ser a voz e a vez dos sem vez e sem voz” porque “não” há “muitas alternativas”.

Quando a Associação foi fundada, em 1996, a tiragem dos 13 títulos era de 250 mil exemplares, “uma tiragem muito elevada” considera o sacerdote, hoje, é menor mas ramificaram para plataformas na internet, como sites, blogs e nas redes sociais, Facebook e Twitter.

Esta união permitiu valorizar o trabalho que desenvolvem e, através de protocolos, frequentaram cursos e formações, de jornalismo, redação, programa de edição de imagem e, mais tarde, sobre internet, o que permitiu que os “títulos ficassem claramente melhores”, assinala o secretário da MissãoPress.

Da associação também faz parte o jornal ‘Ação Missionária’, que pertence à congregação religiosa dos Missionários do Espírito Santo (Espiritanos), da qual o padre Tony Neves é o superior provincial.

Uma publicação com 75 anos de existência, divulgada em Portugal continental e ilhas, para além das comunidades lusófonas, e apresenta “mês após mês” o que é “mais atual” na Igreja, nos direitos humanos e na missão, adianta.

Para conseguirem este trabalho de fundo o jornal tem colaboradores, “nos quadro cantos do mundo”, desde missionários, padres, religiosos/as e leigos que “através de notícias, depoimentos e reportagens enriquecem também os leitores a alargar horizontes”.

“Essa é a missão que cumprimos melhor, o mundo não se confina aos pequeninos territórios onde estamos, pelo contrário, e tem muitas pessoas que vivem melhor ou pior e gostamos de amplificar aquilo que faz sofrer para que esse sofrimento com solidariedade e com justiça possa ser reduzido”, adianta o superior provincial espiritano.

No programa ECCLESIA foi também apresentado o livro ‘Angola – Justiça e Paz, nas intervenções da Igreja Católica entre 1989-2002’, que é a tese de doutoramento, em Ciências Políticas, do sacerdote que tenta “provar três coisas”.

“A Igreja Católica em Angola foi a instituição que melhor percebeu qual era o problema que gerava e mantinha a guerra; de forma teórica foi capaz de denunciar todas as atrocidades da guerra civil e propor caminhos para a pacificação e que através da Cáritas e dos missionários foi capaz de reduzir o impacto negativo dos efeitos da guerra nas populações civis”, explica o padre Tony Neves.

CB/OC

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