Medalha de cidadão Honorário da cidade de Angra do Heroísmo para D. Aurélio Granada Escudeiro

Decisão da Assembleia Municipal distingue Bispo emérito de Angra

D. Aurélio Granada Escudeiro, 37.º bispo de Angra, vai receber o título de cidadão honorário da cidade de Angra do Heroísmo, a mais alta insígnia atribuída pela Câmara Municipal.

Ao antecessor de D. António Braga, actual Bispo da Diocese, serão ainda atribuídas as chaves da cidade.

A recomendação foi apresentada na última Segunda-feira pelo presidente da Assembleia Municipal de Angra do Heroísmo, Ricardo Barros, na reunião do órgão, e aprovada por maioria.

“D. Aurélio Escudeiro exerceu todo o seu percurso episcopal nesta Diocese e empenhou-se na construção da cidade e das igrejas depois do sismo de 1980”, justifica, assim, João Maria Mendes, a recomendação levada a cabo pela assembleia.

O deputado municipal lembrou ainda que o Bispo emérito de Angra “percorreu todas as freguesias da ilha depois do sismo e chegou a cancelar uma visita pastoral a S. Miguel”.

D. Aurélio Granada Escudeiro, que no passado dia 29 de Maio completou 90 anos, exerceu funções na Diocese de Angra entre 1974 e 1996.

Foi eleito bispo titular de Drusiliana e coadjutor de Angra a 18 de Março de 1974 e, seis anos depois, é nomeado bispo residencial.

Algumas providências de ordem pastoral junto do Conselho Presbiteral datam do início do seu bispado e, pouco tempo depois, aprovou o Estatuto do Conselho Presbiteral.

Foi D. Aurélio quem criou, em Fevereiro de 1975, o Secretariado Regional para a Pastoral das Migrações e, em 1976, a Comissão Diocesana para a Comunicação Social.

Criou ainda a Comissão Diocesana de Ajuda aos Refugiados, no pós-25 de Abril.

Depois de nomear alguns sacerdotes vigários episcopais e de ocupar outros na responsabilidade das ouvidorias, dedicou-se ao trabalho pastoral nas ilhas.

Durante este período desloca-se ao Episcopado Português e contacta com a comunidade açoriana emigrada no Canadá.

Os seus conhecimentos e a experiência adquirida no campo da pastoral das migrações levaram a Conferência Episcopal a elegê-lo vogal da Comissão Episcopal Portuguesa para as Migrações e Turismo.

Actualmente reside na sua terra natal, Alcains, Castelo Branco, podendo no entanto regressar à diocese de Angra, se as condições de saúde não permitirem ter uma vida autónoma.

Recorde-se que é obrigação de cada diocese, de acordo com o direito canónico, prover à sustentação dos seus sacerdotes e bispos, sobretudo quando já não podem trabalhar, até ao fim da vida.

Ricardo Henriques

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