Isabel Figueiredo, Secretariado Nacional das Comunicações Sociais
Não havia uma data marcada para este texto. Só o desejo de encontrar no processo da escrita pessoal, o momento e o motivo para começar. Quando, há quase um ano, aceitei o desafio de estar à frente do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais e perante as naturais interrogações de muitos, foi para mim claro que devia começar por conhecer a realidade da comunicação social diocesana, um conhecimento que exige uma dimensão pessoal, a do encontro, quando as perguntas e respostas se partilham à mesa. Por outro lado, e de igual importância, sabia que precisava de reconhecer o trabalho da Ecclesia. Digo reconhecer, porque já o conhecia. A ele recorria sempre que queria saber o que se passava a nível nacional e internacional na vida da Igreja, quando queria confirmar uma notícia ou agendar um acontecimento. Via o programa Ecclesia na RTP, admirava a qualidade e a longevidade do programa 70×7. Ouvia menos o programa Ecclesia na Antena 1, algo que confessei rapidamente e que estou a corrigir…
Mas volto à palavra reconhecer. Precisava de saber mais do que o nome de todos os que formam a equipa que todos os dias trabalha arduamente para produzir informação em tantos formatos diferentes. E já passou quase um ano. Entregámos o prémio D. Manuel Falcão à reportagem “É como se a Mãe descesse à Terra”, da jornalista Catarina Canelas, e ao ‘Diário do Minho’, da Arquidiocese de Braga, pelos seus 100 anos de existência; promovemos mais uma edição das Jornadas de Comunicação, em pareceria com a Rede Mundial de Oração do Papa em Portugal; entregámos ao Papa Francisco uma peça evocativa do 40.º aniversário do programa ‘70X7’; apresentamos a Mensagem do Papa para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, na diocese de Bragança-Miranda. Acontecimentos de agenda, mas que significam trabalho de equipa, esforço, vontade expressa de assim servir a Igreja.
Iniciei o meu propósito de conhecer localmente os Secretariados Diocesanos de Comunicação Social. Madeira, Bragança, Algarve, Setúbal… realidades muito distintas, mas igualmente ricas, porque a comunicação vive de gente concreta e nada vale mais do que esta gente que somos. Visitas marcadas e outras por marcar, tudo está em suspenso pela pandemia que chegou e que não sabemos como, nem quando terminará. Ainda assim, podemos iniciar uma proposta feita nas visitas anteriores e que será apresentada em todas as outras dioceses. A proposta, até agora por todos aceite, é a de passarmos a contar com uma colaboração mensal de cada diocese em formato de crónica ou opinião, o que acreditamos ser um claro enriquecimento dos conteúdos oferecidos pela Ecclesia, a todos quantos nos seguem. Outras propostas virão a seu tempo, sempre com o objetivo de sermos mais, com todos, de sermos serviço para todos. Não posso terminar este primeiro texto, sem uma palavra de reconhecida admiração pela forma como a Igreja tem comunicado nestas últimas semanas. As transmissões de celebrações, as propostas de oração, a música, as histórias, as mensagens, aqueles bancos de uma igreja com as fotografias dos seus paroquianos…tudo circula e cria comunhão. E na aparência do inexplicável que estamos a viver é quase palpável a presença de Deus em todos estes momentos. Vivo convicta de que comunicar em Igreja é servir. Continuemos ao serviço…