Mais pobreza menos irmãs

Lamenta a Superiora Geral das Irmãs Concepcionistas ao Serviço dos Pobres que estão a comemorar a Bodas de Ouro. Com cerca de dez casas em Portugal e presentes no México, Itália, Moçambique e Timor, as Irmãs Concepcionistas ao Serviço dos Pobres celebraram a abertura do 50.º aniversário da aprovação da Congregação, em Fátima, no dia 2 de Julho. O programa das comemorações ainda não existe mas a Irmã Maria das Dores, Superiora Geral da Congregação, disse à Agência ECCLESIA que haverá celebrações a nível local e em Dezembro próximo “a celebração do Instituto e das irmãs que nesse ano fizeram votos com a fundadora”. Fundada na cidade de Elvas pela Madre Maria Isabel da Santíssima Trindade, esta Pia União foi declarada Congregação Religiosa de Direito Diocesano, dia 5 de Julho de 1955. Em 1998, receberam o decreto de aprovação de passagem a Direito Pontifício. Ainda no tempo da sua Fundadora a Congregação espalhou-se por várias Dioceses de Portugal criando obras assistenciais próprias, ou administrando outras que lhe eram confiadas, acolhendo, em regime de internato ou semi-internato: crianças, jovens, velhos e doentes. “Todas as nossas obras são na linha dos pobres” – realça a Irmã Maria das Dores. A casa de Timor é a mais recente onde “já temos vocações”. Ainda Além Fronteiras, a Superiora Geral refere que em Moçambique temos “centros para crianças subnutridas e jardins de infância”. No continente americano “apostámos mais nas crianças especiais e diminuídas” – salienta a Irmã Maria das Dores. Para o futuro, as Irmãs Concepcionistas ao Serviço dos Pobres pretendem criar estruturas para a formação em Timor. “Temos o Postulantado mas queremos abrir o Noviciado” – disse. Os primeiros passos já foram dados, autorização dos bispos e a localização do terreno. “Talvez consigamos abrir a casa este ano”. Se no tempo da fundadora havia “bastantes necessidades”, actualmente “notamos ainda mais” – menciona e acrescenta a Irmã Maria das Dores: “o mundo da pobreza e daqueles que precisam é cada vez maior e nós cada vez somos menos”. Algo contraditório: “mais pobreza, menos irmãs”. Em Portugal “não temos vocações”. As últimas vocações surgiram dos países do Terceiro Mundo. Perante esta realidade “não pensamos abrir mais casas em Portugal” – confidenciou a Superiora Geral. De harmonia com o Direito da Igreja (Cân. 303) e ligada à Congregação, está ainda a Associação denominada Movimento Concepcionista Secular, cuja existência foi declarada pela Santa Sé como Obra própria da dita Congregação com o objectivo de viver e difundir a sua espiritualidade e carisma entre os Leigos. Neste momento está já introduzido em Roma, o processo de Canonização da Madre Maria Isabel da Santíssima Trindade, fundadora da Congregação. “Em princípio o Positio será entregue em Roma este ano”

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