MAE: Quatro cidadãos fundaram o «Movimento Acção Ética» para «lutar contra a indiferença cívica e ética» (c/vídeo)

Projeto defende que as grandes questões não se resolvem apenas com «tecnicalidades»

Lisboa, 19 mar 2021 (Ecclesia) – António Bagão Félix é um dos quatro fundadores do ‘Movimento Acção Ética’ (MAE), criado para afirmar que as “grandes questões” da humanidade não se resolvem apenas com aspetos técnicos, antes com a ética, e para “lutar contra a indiferença cívica”.

“É um movimento que quer lutar contra a indiferença cívica, a indiferença ética, não para propor soluções de chave na mão, mas para que estas questões possam ser considerados no plano do primado ético”, afirmou Bagão Félix.

O MAE é fundado pelo economista António Bagão Félix, o jurista Paulo Otero, o médico psiquiatra Pedro Afonso e o médico Vitor Gil.

“Um movimento de pessoas em primeiro lugar livres, sem qualquer dependência, a não ser a da sua consciência, que querem dizer às pessoas que o momento é difícil e que as grandes questões de natureza económica, social, cultural, ambiental não se resolvem apenas por ‘tecnicalidades’, com aspetos técnicos, que são muito importantes, mas não suficiente”, sublinhou.

Para Bagão Félix, “a suficiência reside muito no plano ético” e é necessário “analisar, propor, refletir”.

“No plano ético, queremos dizer que não estamos conformados, mas disponíveis para analisar, para propor, refletir, sem termos a ideia de que temos a verdade, mas podemos contribuir para um mundo melhor do ponto de vista ético”, acrescentou.

O MAE fundamenta-se em “princípios inegociáveis”, como o “valor inviolável da vida humana”, a “dignidade das pessoas” e os “princípios da solidariedade, da equidade, da responsabilidade, da fraternidade”.

António Bagão Félix afirmou que os “direitos humanos não se podem fatiar em direitos económicos, sociais, culturas, humanos, etc, mas todos eles têm de ser vistos agregadamente”.

“Queremos contribuir para um enriquecimento ético da nossa vida em sociedade”, afirmou.

O MAE pronunciou-se recentemente sobre o parecer do Tribunal Constitucional sobre a lei de despenalização da eutanásia, congratulando-se por ser declarada inconstitucional, mas lamentando que Tribunal Constitucional afirme que “a inviolabilidade da vida humana, proclamada, sem equívocos, no artigo 24º, nº 1, da Constituição, não se mostra suficiente para excluir a admissibilidade da eutanásia”.

António Bagão Félix anunciou na entrevista à Agência ECCLESIA que o «Movimento Ação Ética» está a preparar a publicação de um livro sobre “a ética para os jovens”, relacionando-a com “a família, o desporto, os media, as redes sociais, profissões, a justiça, a equidade, etc”, com o contributo de vários autores.

PR

 

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