Madeira: Bispo do Funchal lembra “sofrimento” dos povos em guerra e dos mais frágeis em procissão do Senhor dos Passos

D. Nuno Brás presidiu às celebrações, que percorreram ruas desde a Igreja do Colégio até ao adro da Sé

Funchal, Madeira, 06 mar 2024 (Ecclesia) – O bispo do Funchal presidiu, no III Domingo da Quaresma, às celebrações da procissão do Senhor dos Passos, que teve início na Igreja do Colégio, no Funchal, Madeira, lembrando os povos em guerra e os mais frágeis.

No Sermão do Encontro, D. Nuno Brás lembrou que “verdadeiramente, no coração da Mãe e do Filho, não podem deixar de estar todas as situações de sofrimento, de tristeza que acontecem no mundo”.

Segundo o bispo, o próprio grito do Senhor na Cruz, quando pergunta ao Pai porque o abandonou, “não é apenas o grito de um homem na cruz, não é apenas o grito do Filho que se dirige ao Pai em suplica, mas é também o grito da humanidade, de todos os tempos, que ali se encontra concentrado e, por isso, a cruz é tão pesada”.

Ali estão os gritos e as súplicas do povo ucraniano, ali estão os sofrimentos da Terra Santa, os sofrimentos das mães de Gaza, dos médicos, das organizações humanitárias, ali estão os sofrimentos de tantos povos da África, da América Latina, da Ásia que sofrem na pele a pobreza extrema, ali estão os sofrimentos de tantos madeirenses, daqueles que não conseguem ganhar para sustentar a sua família”

“Quase parece que Deus fica mudo insensível, quase parece que Deus fica sem resposta diante de tanto sofrimento e tristeza, de tanto pecado”, realça D. Nuno Brás, no entanto o Pai “não deixa cair em saco roto a suplica do Filho”.

No final do Sermão do Encontro, no adro da Sé, o bispo diocesano deixou um apelo para os fiéis fazerem o que está ao alcance deles para minorar o sofrimento dos irmãos.

“Não deixemos também nós de fazer nosso o seu sofrimento, a sua tristeza e de rezar por todos aqueles que pecam e vivem em pecado sem saber como sair dessa situação. Não deixemos de os confiar nas mãos do Pai sabendo que o Senhor, de uma forma ou de outra sempre nos dá esta publicidade da ressurreição”, pediu.

A procissão, em que participaram centenas de fiéis, voltou depois à Igreja do Colégio, onde se aguardava o início da eucaristia, que assinalou o encerramento da Semana Nacional Cáritas.

LJ/OC

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