Madeira: Bispo do Funchal alertou para «paralisias que tolhem a vida» e elogio impacto da fé na vida social

D. Nuno Brás presidiu a Eucaristia no Dia da Região

Funchal, Madeira, 02 jul 2021 (Ecclesia) – O bispo do Funchal presidiu esta quinta-feira à Eucaristia, no Dia da Região Autónoma, convidando os participantes a refletir sobre o “lugar da fé” na identidade madeirense.

“Não podemos deixar de reconhecer como, ao longo destes seis séculos, a vida dos madeirenses teria sido insuportável, não fora a fé a dar-lhe sentido, a proporcionar-lhe a força interior para derrotar as contrariedades e a oferecer um horizonte de esperança que, assim, longe de ser apenas um sonho humano, se mostra prenhe de vida divina”, disse D. Nuno Brás, na Sé do Funchal.

O responsável católico referiu que a beleza natural da ilha “contrastou, deste o início, com a dureza do quotidiano” e se não fosse a fé, que “desde os primeiros dias animou os madeirenses”, teria sido ali “insuportável a vida humana”.

O bispo do Funchal salientou também que importa também perguntar sobre as “paralisias que, ainda agora, tolhem a vida”, aquelas que impedem de caminhar “como seres humanos e como comunidade”, e que vão muito para além da atual pandemia Convid-19.

“O esquecimento de Deus; o egoísmo galopante com o esquecimento do próximo e da sua dignidade, que sempre lhe estão associados; a submissão ao que é considerado ser correto e a vergonha em nos mostrarmos como cristãos; a baixa da natalidade… e tantas outras paralisias que nos tolhem efetivamente a possibilidade de ser mais e de vivermos a nossa existência com maior qualidade humana”, exemplificou.

Segundo D. Nuno Brás, “importa igualmente” interrogarem-se sobre a “disponibilidade” para conduzir o outro e toda a comunidade a Jesus Cristo, “conscientes de que apenas Ele é capaz de curar”, de salvar profundamente o existir, e de dizer com “absoluta certeza e verdade” ‘levanta-te, toma a tua enxerga, e vai para casa’.

Os bispos eméritos do Funchal – D. Teodoro Faria e D. António Carrilho – concelebraram a Missa, que contou com a presença de autoridades civis, políticas e militares.

O ‘Jornal da Madeira’ informa que no início da celebração o bispo do Funchal pediu “por todos aqueles madeirenses que pereceram vítimas da pandemia” e por todos os que “não tiveram oportunidade de se despedir dos seus”.

CB/OC

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