Alunos eram esperados no antigo território luso em setembro
Lisboa, 23 mar 2016 (Ecclesia) – Cerca de 60 estudantes chineses viram a sua entrada na universidade de São José, em Macau, uma estrutura ligada à Universidade Católica Portuguesa, recusada pelo governo chinês.
Em declarações publicadas hoje pela Igreja Ajuda a Igreja que Sofre (AIS), o bispo de Macau já classificou esta atitude como “injusta” e sublinhou não vislumbrar “nenhuma razão” para este veto.
Na imprensa do território, anteriormente administrado por Portugal, a decisão do regime de Pequim está a ser encarada como “um teste à personalidade de D. Stephen Lee”.
Um antigo bispo auxiliar de Hong Kong que foi nomeado para Macau em janeiro último, pelo Papa Francisco.
Segundo os media de Macau, D. Stephen Lee é visto como alguém que deseja transportar para Macau a mesma “voz independente e forte” que carateriza a Igreja Católica de Hong Kong, onde a repressão de Pequim sobre os cristãos da região tem sido constantemente denunciada.
Os 60 estudantes chineses eram para entrar na Universidade de São José, em Macau, no mês de setembro, para integrarem o novo campus da Ilha Verde.
Tanto Hong Kong, uma antiga colónia inglesa, como Macau, “pertencem a regiões administrativas especiais, com estatuto próprio que salvaguarda, entre outras, a liberdade religiosa para os seus residentes”, recorda a AIS.
JCP