Luís Miguel Cintra lê o Eclesiastes

O actor e encenador Luís Miguel Cintra vai ler o livro bíblico do Eclesiastes na Capela do Rato, Lisboa, admitindo que a obra “toca em todos os temas que povoam a minha cabeça e com que me debato continuamente”.

A iniciativa decorre no dia 31 de Outubro, às 21h30, numa sessão com entrada livre.

Em entrevista ao Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, Luís Miguel Cintra fala da leitura do Apocalipse, proferida no mesmo local em Junho deste ano, do Eclesiastes e do texto das Escrituras que gostava de voltar a interpretar.

Sobre o Apocalipse, último livro da Bíblia, o actor admite que “é um texto que coloca problemas a muita gente. A mim também. E assusta”.

Já em relação ao livro do Eclesiastes, do Antigo Testamento, Luís Miguel Cintra destaca as “questões que têm a ver com a exaltação dos valores humanos, da meditação sobre a morte, começando logo com aquela frase famosa «Vaidade das vaidades, tudo é vaidade»”.

Esta é, para o encenador – director do Teatro do Bairro Alto/Cornucópia – “uma forma de eu ler a Bíblia e de as pessoas que vão assistir a lerem também”.

“Ouvem-se trechos da Bíblia nas celebrações religiosas mas são raríssimos aqueles que se puseram a lê-la do princípio ao fim. E há textos não utilizados nas celebrações que são deslumbrantes”, admite.

Luís Miguel Cintra considera que “ao conhecer a Bíblia um pouco mais, ficamos com uma noção muito mais rica do que são os livros sagrados”.

“É um conjunto de textos de natureza muito diferente, que constitui uma espécie de herança que forma a nossa cultura e a nossa identidade. A Bíblia não é só a história da vida de Cristo”, prossegue.

O actor e encenador admite a vontade de trabalhar sobre o livro de Job, que qualifica como “fascinante”.

“A constante interrogação perante Deus sobre o sofrimento humano é muito bonita de sentir na pele”, declara.

Redacção/SNPC

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Agência ECCLESIA

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