Lugar da celebração da última Ceia de Jesus pode passar para a custódia da Igreja Católica

O diário israelita Maariv, de Telavive, dá conta da possibilidade de que o Estado de Israel venha a ceder à Igreja Católica a administração do Cenáculo, o local onde se acredita que Jesus celebrou a Última Ceia. A notícia, reproduzida pela Rádio Vaticano, diz que o acordo entre as autoridades israelitas e a Santa Sé faz parte de negociações para resolver outros problemas, como o do visto de permanência em Israel de membros da Igreja Católica. O Cenáculo, situado no Monte Sion, em Jerusalém, é um dos principais santuários cristãos mas, ao contrário dos outros, está sob administração israelita, dado que se situa no mesmo lugar onde fica o túmulo do rei David. Um funcionário do Ministério das Relações Exteriores disse que, após muitos adiamentos, “desta vez parece que o governo de Telavive está mesmo disposto a abrir um novo caminho com a Santa Sé”. Segundo o “Maariv”, o Presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, interessado em satisfazer o eleitorado cristão do seu país, exigiu, no mês passado em Washington, que o Primeiro-ministro Ariel Sharon “acelerasse a essa decisão”. A transferência do Cenáculo para a Santa Sé, provavelmente ao cuidado da Ordem Franciscana (que já tem a custódia da Terra Santa), estimularia a peregrinação dos cristãos de todo o mundo e beneficiará a indústria do turismo de Israel. Durante a Idade Média os Franciscanos instalaram no Cenáculo a sua primeira casa na Terra Santa, mas acabaram expulsos pelo Otomanos em 1551, que no local construíram uma mesquita. Posteriormente, o edifício passou para as mãos do Ministério israelita para o Culto, sendo hoje uma sinagoga. Em 2000, durante a histórica visita à Terra Santa, João Paulo II celebrou mesmo uma Missa privada no local, naquela que foi a primeira celebração eucarística no Cenáculo em vários séculos.

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