Sessão centra-se no Convento de Santo António que vai ser requalificado
Faro, 12 abr 2018 (Ecclesia) – O Arquivo Municipal de Loulé vai receber a 21 de abril a conferência ‘O processo e as consequências da extinção das ordens religiosas em Loulé: o caso do Convento de Santo António’, a partir das 15h00.
Na informação enviada à Agência ECCLESIA, o jornal diocesano ‘Folha do Domingo’ adianta que a palestra vai ser apresentada pela investigadora Catarina Marado, autora de diversas publicações sobre o património monástico-conventual.
Em Loulé, o Decreto de 30 de maio de 1834, que determinou a extinção das casas de religiosos existentes em Portugal e a incorporação dos seus bens na Fazenda Nacional, afetou o Convento de Nossa Senhora da Graça, de frades Eremitas de Santo Agostinho, e o Convento de Santo António, de Capuchos da Província da Piedade.
A oradora, doutorada em arquitetura pela Universidade de Sevilha, na conferência pretende analisar, sumariamente, todo o processo e “as suas consequências, quer para os edifícios, quer para a própria cidade”.
O tema ‘O processo e as consequências da extinção das ordens religiosas em Loulé: o caso do Convento de Santo António’, que vai ser apresentado no Arquivo Municipal de Loulé, insere-se no ciclo de conferências ‘O Documento que se segue’ e o jornal diocesano assinala que a iniciativa é de entrada livre.
Recentemente, na apresentação do livro ‘Mãe Soberana: A Força do Amor’, o presidente da Câmara de Loulé anunciou que o convento de Santo António, propriedade da autarquia, vai ser requalificado e o projeto é do arquiteto Gonçalo Byrne.
No dia 25 de maço, Vítor Aleixo explicou que o edifício vai incluir um museu dedicado a Nossa Senhora da Piedade, popularmente evocada como Mãe Soberana, e um centro recuperação de imaginária.
O ‘Folha do Domingo’ recorda que o município assinou em abril de 2016 um protocolo com a Paróquia de São Sebastião de Loulé para cedência por 99 anos do antigo convento franciscano.
O pároco de Loulé adiantou que o núcleo museológico vai incluir um espaço para uma exposição permanente, outro para temporárias e o projeto deve também contemplar um “espaço celebrativo”, para além do “centro de restauro do património e de recuperação do arquivo”.
Segundo o padre Carlos de Aquino vai ser criado um itinerário para os peregrinos com início na zona do convento, enriquecido com uma via-sacra e com uma proposta de valorização dos mistérios do rosário.
O jornal da Diocese do Algarve contextualiza que o que resta do antigo convento já resulta de uma segunda fundação dos finais do século XVII.
Após a extinção das ordens religiosas em 1834, o edifício do convento já foi usado, por exemplo, como fábrica de curtumes, para habitação, até que na década de 80 do século XX foi restaurado o espaço da igreja que tem servido para fins culturais.
CB