Liturgia: Igreja celebra pela primeira vez a memória de Maria, “Mãe da Igreja”

Cidade do Vaticano, 21 mai 2018 (Ecclesia) – A Igreja Católica celebra hoje, pela primeira vez, a memória litúrgica da “Bem-aventurada Virgem, Mãe da Igreja”, que o Papa Francisco inscreveu no Calendário Romano Geral, a 3 de março deste ano, para ser celebrada na segunda-feira depois de Pentecostes.

“Esta celebração ajudará a lembrar que a vida cristã, para crescer, deve ser ancorada no mistério da Cruz, na oblação de Cristo no convite eucarístico e na Virgem, Mãe do Redentor e dos redimidos”, lê-se no decreto, assinado pelo Prefeito do Dicastério, o cardeal Robert Sarah.

O motivo da celebração está brevemente descrito no Decreto “Ecclesia Mater”: favorecer o crescimento do sentido materno da Igreja nos pastores, nos religiosos e nos fiéis, como, também, da genuína piedade mariana.

“Considerando a importância do mistério da maternidade espiritual de Maria o Papa Francisco estabeleceu que na segunda-feira depois do Pentecostes, a Memória de Maria Mãe da Igreja seja obrigatória para toda a Igreja de Rito Romano”, comentou o cardeal.

De acordo com o Decreto, onde a celebração da bem-aventurada Virgem Maria, por norma do direito particular aprovado, já se celebra num dia diferente com grau litúrgico mais elevado, pode continuar a ser celebrada desse modo.

“O desejo é que esta celebração, agora para toda a Igreja, recorde a todos os discípulos de Cristo que, se queremos crescer e enchermo-nos do amor de Deus, é preciso enraizar a nossa vida sobre três realidades: na Cruz, na Hóstia e na Virgem – Crux, Hostia et Virgo. Estes são os três mistérios que Deus deu ao mundo para estruturar, fecundar, santificar a nossa vida interior e para nos conduzir a Jesus Cristo. São três mistérios a contemplar no silêncio.”

Em anexo ao decreto foram apresentados, em latim, os respectivos textos litúrgicos, para a Missa, o Ofício Divino e para o Martirológio Romano. As Conferências Episcopais providenciarão a tradução e aprovação dos textos, que depois de confirmados, serão publicados nos livros litúrgicos da sua jurisdição.

A 10 de maio,  no final de uma visita à cidadela de Loppiano, do Movimento dos Focolares, na Itália, o Papa sublinhou a importância de celebrar Maria como “Mãe da Igreja”.

“A 21 de novembro de 1964, na conclusão da terceira sessão do Concílio, o Beato Paulo VI proclamou Maria como Mãe da Igreja. Eu mesmo quis instituir este ano a memória litúrgica, que será celebrada pela primeira vez no próximo dia 21 de maio, a segunda-feira após o Pentecostes”, disse.

SN/OC

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