Lisboa: Vigília pela Paz reuniu diferentes confissões religiosas

Iniciativa da Cáritas Diocesana celebra valores do diálogo e da hospitalidade

Lisboa, 19 dez 2016 (Ecclesia) – A Cáritas Diocesana de Lisboa promoveu este sábado uma vigília pela paz com várias confissões religiosas e movimentos da sociedade civil para “afirmar, promover e celebrar” valores como “diálogo, cooperação, hospitalidade, justiça”, no Mercado de Culturas em Arroios.

“O valor da paz está para além de todas as confissões religiosas. É unirmo-nos como seres humanos que pretendem através da paz e só pela paz cuidar dos outros seres humanos, é disso que se trata, aqui não há nada que nos divida”, disse o presidente da Cáritas Diocesana de Lisboa.

À Agência ECCLESIA, José Frias Gomes explicou que a vigília pela paz ecuménica, multirreligiosa e cultural, que começou com uma caminhada pelas ruas, “tem muito significado” porque a capital portuguesa “sempre foi um ponto de encontro de gentes, de culturas”.

O responsável assinala que o mundo está “perigoso, complexo, difícil”, oque constitui uma chamada de atenção, à escala de cada realidade, para “o valor da paz”.

“O bem-querer dos outros na defesa deste mundo, que é só este e é a casa de todos”, acrescentou o responsável.

Já o bispo Jorge Pina Cabral, da Igreja Lusitana (Comunhão Anglicana), destacou a beleza e a “coragem” da caminhada pelas ruas onde cantaram para os que iam ver o que se estava a passar numa Lisboa “culturalmente diversificada, eram os cheiros das iguarias, eram as lojas das diferentes culturas e países”.

“Esta é a beleza destas marchas públicas, é sermos capazes de chamar outros, de pugnar pela atenção dos outros”, disse, salientando o “entusiasmo muito grande” dos jovens através dos cânticos, das palmas e dos diversos símbolos presentes.

Por sua vez, o diretor do Departamento de Diálogo Inter-religioso e relações ecuménicas do Patriarcado de Lisboa afirmou que todos desejam “a paz, no coração, na vida, serenidade”.

“Se pudermos partilhar esta alegria de sermos cristãos, ou professarmos outra religião, mas fazendo sentir que se procura, luta pela paz, pela boa relação, boa vizinhança, depois traduz-se em coisas concretas”, acrescentou o padre Ricardo Ferreira.

O pastor João Manuel Pereira, da Igreja Presbiteriana, comentou à Agência ECCLESIA que na iniciativa deste sábado se celebrarou a paz que todos podem ter e testemunharam que “é possível em nome de Cristo e em nome de Deus”.

“A grande diferença num coração cristão é perguntar o que é que eu aqui posso fazer numa componente de fé, de oração, e cabe enquanto cristão sermos ativos, intervenientes não só na oração mas dar a paz, cuidar deles”, desenvolveu.

No final da vigília foi entregue uma lanterna com a ‘Luz da Paz de Belém’ a cada comunidade.

O evento pela paz da Cáritas de Lisboa contou com a parceria da Câmara Municipal de Lisboa, da Junta de Freguesia de Arroios, do Alto Comissariado para as Migrações e da Comissão da Liberdade Religiosa.

SN/CB

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