D. Manuel Clemente lembrou que o próximo ano pastoral no Patriarcado é dedicado à caridade
Torres Vedras, 22 mar 2019 (Ecclesia) – O cardeal patriarca de Lisboa incentivou hoje os agentes da Pastoral Sócio-Caritativa a privilegiarem “os que estão mais abandonados e perto de todos”, no Centro Diocesano de Espiritualidade Imaculado Coração de Maria, no Turcifal – Torres Vedras.
“Cristo olha sempre para o último, para pôr a periferia no centro. Este é o sentido cristão que deve estar presente nas nossas instituições”, disse D. Manuel Clemente, na intervenção intitulada «Ide em Missão ao Encontro do irmão».
Na informação enviada à Agência ECCLESIA, pelo Patriarcado de Lisboa, D. Manuel Clemente salientou que a “centralização das periferias” é o objetivo das instituições católicas, e os “mais abandonados são a periferia”.
“Em qualquer realidade, o olhar de Cristo centra-se sempre na periferia”, afirmou.
O encontro para ao agentes da Pastoral Social do Patriarcado de Lisboa foi organizado pelo Departamento da Pastoral Socio Caritativa, em colaboração com a Federação Solicitude.
O diretor do Departamento da Pastoral Sócio Caritativa destacou a importância destes encontros para todos os profissionais e voluntários desta pastoral que trabalham nas paróquias, conferências e instituições.
“Estes encontros, na Quaresma, pretendem ser um momento para refletir, meditar e para dinamizar um pouco as nossas instituições. É fundamental beber da fonte, que é Cristo, para depois levar o amor junto dos nossos irmãos”, explicou o cónego Francisco Crespo ao sítio online do Patriarcado de Lisboa.
Antes do momento de diálogo e partilha, o cardeal patriarca de Lisboa lembrou que o próximo ano pastoral 2019-2020 na diocese vai ser dedicado à caridade – “Sair com Cristo ao encontro de todas as periferias” [CSL, n. 53] – e não são pedidas mais iniciativas mas que façam “as coisas mais cristãmente”.
“Há um trabalho longo a fazer, mas faz-se se nós estivermos embebidos do Espírito de Cristo; Em cada momento, Deus está a criar o futuro connosco. Se ficarmos sozinhos, temos muitas razões para ter medo”, desenvolveu D. Manuel Clemente.
Segundo o cónego Francisco Crespo, o novo pastoral centrado na caridade vai ser uma oportunidade de dinamizar a importância da Pastoral Sócio Caritativa nas paróquias, que querem que “esteja no centro das comunidades”.
“O que interessa celebrar bem a Missa, termos bons leitores se, depois, não se atua na pessoa do meu irmão? Estamos a estudar mais ações porque ainda há muitas paróquias que colocam em segundo ou terceiro plano a caridade; Sabemos que há muita solidão, muita gente a viver abandonada, muita pobreza, muitas carências…”, explicou o diretor do Departamento da Pastoral Sócio Caritativa do Patriarcado de Lisboa, ao site da diocese.
CB