Lisboa: Patriarcado vive primeiro Sínodo Diocesano desde o século XVII

D. Manuel Clemente preside ao encontro até 4 de Dezembro

Lisboa, 30 nov 2016 (Ecclesia) – O secretário do Sínodo Diocesano de Lisboa assinala que a assembleia de quatro dias, que começa hoje no Turcifal, “é o ponto alto de uma caminhada” que se realiza há dois anos.

“A base de trabalho é um documento com os contributos das pessoas que partilharam esta caminhada. Baseado em três capítulos: Olhar para a realidade, para o mundo e também para dentro da Igreja; critérios que saem da EvangeliiGaudium (EG)[exortação do Papa Francisco] que precisamos ter para evangelização, para a missão; e um agir, que caminho vamos percorrer para implementar estes desafios”, explicou o padre Rui Pedro Carvalho.

À Agência ECCLESIA, o secretário do Sínodo Diocesano de Lisboa observa que “só o Espírito Santo sabe” o que “sairá” da assembleia conclusiva do Sínodo de Lisboa entre hoje e 4 de dezembro, no Centro Diocesano de Espiritualidade, no Turcifal, Torres Vedras.

O sacerdote destaca “tónicas” do documento de trabalho que indiciam o que se vai falar, como a “missão, sair e ir às periferias, olhar as comunidades cristãs” e se o estilo sinodal “imprime ritmo”.

“A Igreja não pode ficar fechada, na sacristia, todos que somos chamados a ir ao encontro das pessoas. Um dos critérios que pegamos na EG é da totalidade, de chegar a todos e ao homem como um todo”, desenvolveu.

A partir do documento, partilhado na internet pelo Patriarcado de Lisboa, o padre Rui Pedro Carvalho assinala também o “pensar estruturas”, conselhos pastorais e económicos, como trabalham uns com os outros, a iniciação cristã e o tema da família que “é incontornável”.

“Somos um corpo que só em conjunto atua e prossegue, crescemos da família doméstica para a família de Deus e tudo isto acontece misericordiosamente, ou seja, priorizando os últimos, que hão de ser primeiros”, disse o cardeal-patriarca de Lisboa na homilia da Eucaristia que marcou o início o cardeal, acrescentando que “começar pelas periferias” para acolher, integrar, incluir “é indubitavelmente o critério de Deus”.

Após o término da Assembleia Sinodal, no Turcifal, D. Manuel Clemente vai elaborar um documento que apresentará as linhas orientadoras para a ação pastoral da Igreja diocesana para os próximos anos.

O Patriarcado de Lisboa em comunicado, enviado à Agência ECCLESIA, informou que os jornalistas estão convocados para uma conferência de imprensa com o prelado este domingo, às 14h30, no Centro Diocesano de Espiritualidade, em Torres Vedras, “sendo o único momento aberto aos meios de comunicação social”.

A assembleia vai ser composta por 137 participantes, entre leigos, clérigos e religiosos, que vão analisar o documento de trabalho que resultou da reflexão de mais de 1000 grupos, durante três anos.

O Sínodo acontece no contexto dos 300 anos da qualificação patriarcal da diocese e após 376 anos (1640) da realização do último Sínodo Diocesano em Lisboa.

De recordar que o cardeal-patriarca pediu aos cristãos de Lisboa para reforçarem a oração pela Assembleia Sinodal, numa carta publicada em outubro: “Reforcemos a todos os níveis – pessoal, familiar e comunitário – a oração pelo Sínodo e os seus frutos. Como indica o Papa Francisco, façamo-lo em chave mariana, para que com Maria aprendamos Cristo e o testemunhemos como agora importa e tanto urge”.

O encerramento solene da assembleia sinodal é celebrado na Solenidade da Imaculada Conceição, a 8 de dezembro, às 15h30, na igreja do Mosteiros dos Jerónimos, numa cerimónia com ordenações diaconais.

CB/OC

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