Documento recorda aos católicos a impossibilidade de serem maçons
Lisboa, 13 jan 2012 (Ecclesia) – O Patriarcado de Lisboa publicou hoje no seu site um texto de D. José Policarpo sobre a relação entre Igreja e Maçonaria, de janeiro de 2005, no qual se afirmava que um católico “não pode ser maçon”.
A nota pastoral ‘A Páscoa da Eucaristia’ assinalava que “a fé católica e a visão do mundo que ela inspira” não são “compatíveis com a Maçonaria e a sua visão de Deus”.
“Um católico, consciente da sua fé e que celebra a Eucaristia não pode ser maçon e, se o for convictamente, não pode celebrar a Eucaristia”, o sacramento mais importante da Igreja Católica, escrevia o atual presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.
O texto volta a estar em destaque na página do Patriarcado de Lisboa na Internet após D. José Policarpo ter afirmado, esta terça-feira, que do ponto de vista da Igreja, “não é compatível” ser católico e maçon, porque as associações maçónicas “rejeitam aquilo que é o essencial da fé, a aceitação da Palavra de Deus e da revelação sobrenatural”.
O patriarca de Lisboa respondia a questões dos jornalistas sobre a recente polémica relativa às ligações entre a Maçonaria, deputados e serviços de informação portugueses.
No documento de 2005, este responsável aludia a uma “longa e atribulada história” nas relações da Maçonaria com a Igreja durante os últimos três séculos e questionava se ainda há lugar para uma “luta” entre as duas partes.
“A Maçonaria, sobretudo em algumas das suas ‘obediências’, lutará sempre contra valores inspiradores da sociedade que tenham a sua origem na dimensão sobrenatural da nossa fé”, defendia o cardeal-patriarca.
O último documento oficial da Santa Sé nesta matéria é a “Declaração sobre a Maçonaria“, assinado pelo então prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, cardeal Joseph Ratzinger, hoje Bento XVI, a 26 de novembro de 1983.
“Permanece imutável o parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçónicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e por isso permanece proibida a inscrição nelas”, pode ler-se.
OC