«A ideia é continuar a caminhar neste sentido sinodal» – Cónego Rui Pedro
Lisboa, 26 abr 2021 (Ecclesia) – O Patriarcado de Lisboa está promover a avaliação da receção do seu Sínodo Diocesano, realizado em 2016, até à assembleia final de avaliação, prevista para os dias 18 e 19 de junho.
“As avaliações têm sempre essa vantagem de fazer uma retrospetiva para nos lançar para o futuro. A ideia é continuar a caminhar neste sentido sinodal”, disse hoje o secretário do Sínodo Diocesano de Lisboa, o cónego Rui Pedro, no Programa Ecclesia, transmitido na RTP 2.
‘O sonho missionário de chegar a todos’ foi o tema do Sínodo Diocesano de Lisboa, lançado em janeiro de 2014; depois centenas de grupos sinodais, envolvendo cerca de 20 mil pessoas, estudaram os cinco capítulos da exortação apostólica ‘Evangelii Gaudium’ (A Alegria do Evangelho) do Papa Francisco, enviando conclusões para o secretariado do sínodo.
Em 2016, o Patriarcado de Lisboa realizou uma assembleia, seguindo-se a “receção” da Constituição Sinodal com iniciativas destinadas à sua concretização, em áreas como o estudo da Bíblia, a Liturgia, a solidariedade.
“Depois de sair a constituição sinodal de Lisboa, documento que inspirava a Igreja de Lisboa a caminhar, surgiu logo a ideia de fazer um tempo de receção. Inicialmente seriam três anos, depois com a pandemia alargou-se mais um ano e achamos que seria importante no final desse tempo fazer uma avaliação, não tanto avaliar numericamente”, desenvolveu o cónego Rui Pedro.
O sacerdote destaca que a assembleia final de avaliação, prevista para os dias 18 e 19 de junho, “não é propriamente uma conclusão” do sínodo diocesano mas uma “etapa” que lança para a seguinte.
“Não podemos fechar os assuntos como se fossemos uma pastoral de etapas estanques, acima de tudo somos uma Igreja a caminho. É fundamental esta continuidade”, acrescentou o cónego Rui Pedro.
O secretário do Sínodo Diocesano de Lisboa destaca que, em primeiro lugar, é a memória que também “lança para a frente”, e todo o trabalho de revisitação, o documentário que vai ser publicado “é para ajudar” e “lança para o futuro”.
“Até na Jornada Mundiais de Juventude [Lisboa 2023] que se inserem também neste caminho, neste sonho missionário de chegar a todos. Contamos com os jovens para essa missão e que bom é a seguir a este caminho termos esta etapa”, assinalou.
Inês Souta, que representou o movimento ‘Jovens Sem Fronteiras’ na assembleia sinodal, recorda um caminho “bastante interessante” e destaca que a caminhada pré-sinodal “acabou por desinstalar as comunidades paroquiais e movimentos” para tentarem dar uma resposta conjunta e “não por pequenos grupinhos”.
“Todos sentiram-se envolvidos na reflexão, numa tentativa de encontrar uma Igreja melhor num mundo que vai às periferias, se junta às margens e tentar ir além; Apesar da variedade é possível encontrarmos formas de nos encontrarmos e pensar sobre o futuro que queremos para a nossa Igreja”, desenvolveu a jovem da Diocese de Lisboa.
Esta terça-feira, o programa ECCLESIA vai apresentar um trabalho de reportagem e síntese sobre o percurso do Sínodo Diocesano de Lisboa, pelas 15h00, na RTP 2.
HM/CB/PR
Lisboa: Patriarcado lança «processo de avaliação», cinco anos depois do Sínodo Diocesano (c/vídeo)