Lisboa: Patriarcado confirma levantamento de medida cautelar a sacerdote

Nota destaca «falta de comprovação da denúncia»

Lisboa, 21 jun 2023 (Ecclesia) – O Patriarca de Lisboa confirmou hoje, em nota enviada aos jornalistas, o levantamento da medida cautelar imposta a um dos quatro sacerdotes afastados preventivamente, em março, para uma investigação a alegados abusos sexuais.

“Na semana passada, a investigação relativa a um dos sacerdotes foi arquivada por falta de comprovação da denúncia, tendo o cardeal-patriarca levantado a medida cautelar ao sacerdote, que assim pôde voltar a exercer publicamente o seu ministério”, indica o comunicado.

“Os nomes dos padres em causa nunca foram divulgados pelo Patriarcado de Lisboa a bem da presunção da sua inocência e para evitar pré-julgamentos na praça pública”, acrescenta o texto.

O caso em causa refere-se ao padre Mário Rui Pedras, pároco de São Nicolau e de Santa Maria Madalena, em Lisboa, que tornou pública esta decisão, em carta enviada aos seus paroquianos, na última semana.

O Patriarca de Lisboa repudia, na nota de imprensa, “a forma injuriosa” como este padre foi tratado numa reportagem televisiva e “acompanha a queixa promovida por este sacerdote”.

O cardeal-patriarca acompanhou, e continua a acompanhar pessoalmente, todos os processos relativos a estes sacerdotes até estarem concluídos”.

No último mês de março, o Patriarcado de Lisboa anunciou a abertura de inquéritos a quatro sacerdotes “a quem, preventivamente, foi pedido para não exercerem publicamente o seu ministério, até os processos de investigação se encontrarem concluídos”.

Em causa está uma lista de cinco nomes entregue pela Comissão Independente (CI) para o Estudo dos Abusos Sexuais na Igreja em Portugal a D. Manuel Clemente, no dia 3 de março, e posteriormente transmitida à Comissão de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis, que tem como moderador o antigo procurador-geral da República José Souto Moura.

O quinto nome referido pela CI é de um padre que também se encontra no ativo e “já tinha sido sujeito a medidas cautelares”.

OC

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Agência ECCLESIA

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