D. Manuel Clemente presidiu a Missa pela abertura do ano judicial
Lisboa, 29 jan 2014 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa presidiu hoje na sé diocesana à Missa pela abertura do ano judicial, pedindo uma Justiça mais humana, com a ajuda da “inspiração” da mensagem do Evangelho.
“Com esta inspiração evangélica, todo o exercício da justiça se humanizará completamente, chegando aí mesmo à fronteira divina, finalmente aberta. Cada caso é um caso, mas contém sempre um ser humano, tantas vezes para humanizar ainda e muito”, disse D. Manuel Clemente, na homilia da celebração.
O responsável frisou que a Igreja Católica é a instituição “mais antiga, permanente e estrutural” do território português, conjugando-se com “outras que se foram implantando, como as que à justiça respeitam”.
“A Igreja serve a sociedade como ‘inspiração’ e aproxima-se da justiça humana para lhe oferecer o que acredita convictamente ser uma divina potenciação”, observou.
Segundo o patriarca de Lisboa, a “justiça de Deus, o seu modo autêntico de fazer e refazer as coisas, não dispensa nem a disposição nem a cooperação da justiça humana”.
“Antes a desafia, estimula e garante”, acrescentou.
O ano judicial arrancou esta tarde numa cerimónia oficial no Supremo Tribunal de Justiça com a presença do patriarca, atual presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.
“Concluo agora, mas com a saudação renovada a todos e a cada um de vós, ilustres servidores da justiça, inaugurando mais um ano de abnegado labor. Acreditai que Deus está convosco e acreditai-vos com Deus, em confiança profunda no que Ele quer fazer através de vós, para que a cada um seja dado o que lhe é devido”, declarou D. Manuel Clemente, no final da homilia.
OC