Lisboa: Nova diretora-executiva da Cáritas Diocesana quer «fazer crescer» o trabalho com migrantes e rede paroquial (c/vídeo)

Carmo Diniz assumiu um «desafio grande», do tamanho da diocese, «um território muito populoso»

Lisboa, 04 fev 2025 (Ecclesia) – A nova diretora-executiva da Cáritas Diocesana de Lisboa disse hoje que quer “fazer crescer” o “trabalho substancial” que já desenvolvem com os migrantes e na rede das cáritas paroquiais, “para ir ao encontro das pessoas”.

“Encontro-me muito entusiasmada com este desafio e com o potencial de crescimento que a própria Cáritas tem, não obstante o trabalho que desenvolve há muitos anos. A Cáritas tem quase 50 anos”, disse Carmo Diniz, esta terça-feira, em entrevista à Agência ECCLESIA.

A nova diretora-executiva da Cáritas de Lisboa destaca que têm “dois grandes pulmões”, um vocacionado para o trabalho com migrantes, “um trabalho sustentado há muitos anos no concelho de Cascais de atendimento e acompanhamento de emergência à pessoa migrante”.

“E temos um trabalho de fundo, grande, de proximidade, nas cáritas paroquiais, através do fortalecimento que a paróquia faz junto das pessoas e do enriquecimento da sua resposta social”, acrescentou.

Carmo Diniz está “muito orgulhosa deste trabalho” e adianta que quer “fazer crescer estes dois pulmões”, com os migrantes pretende fazê-lo crescer e alargá-lo ao território diocesano, e “alargar também a rede de apoio paroquial, porque “é muito importante que as paróquias se sintam acompanhadas, fortalecidas, para ir ao encontro das pessoas que têm na sua geografia”.

“É a atenção às pessoas uma a uma, na proximidade e na situação de emergência. A Cáritas tem esta vocação da emergência, de ser o primeiro a ir ao encontro das pessoas que por alguma razão estão em situação de fragilidade.”

A Cáritas Diocesana de Lisboa anunciou a nomeação de Carmo Diniz, para a direção executiva deste organismo do Patriarcado, no dia 8 de janeiro.

Foto: Miguel Rato/Renascença

“É um desafio grande, é um desafio do tamanho da diocese, percorre um território vasto e sobretudo um território muito populoso. É uma grande alegria poder servir a Igreja através da Cáritas, chamada o braço armado para a caridade da Igreja Diocesana”, disse a nova diretora executiva, na sua “quarta semana de trabalho”.

Carmo Diniz é a diretora do Serviço Pastoral a Pessoas com Deficiência (SPPD), da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), desde 2022, e assegura que mantém estas funções no SPPD e que mantém, “sobretudo no coração esta paixão pela deficiência”, realçando que “a deficiência tem grande proximidade com a pobreza”.

“Existe uma ligação que faz com que as pessoas e as famílias que se confrontam com a condição da deficiência tenham uma grande predisposição para ter uma vida mais complicada também em termos financeiros e de verem cumpridas as suas necessidades”, explicou a diretora-executiva da Cáritas Diocesana de Lisboa, no Programa ECCLESIA, transmitido hoje na RTP2.

HM/CB/PR

Fundação João Paulo II para a Juventude

No dia 24 de janeiro, o prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida (Santa Sé), nomeou o novo conselho de administração da Fundação João Paulo II para a Juventude, e Carmo Diniz foi escolhida para conselheira deste organismo do Vaticano.

A entrevistada foi a responsável pelo Gabinete de Diálogo e Proximidade do Comité Organizador Local (COL) da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, e explica que esta nomeação surgiu na sequência da edição internacional da JMJ em Portugal, quando trabalhou de perto com a fundação do Vaticano na organização da IV Conferência Internacional sobre o Cuidado com a Criação, realizada no dia 31 de julho de 2023.

“A fundação funciona com esta preocupação de acompanhar a Jornada Mundial da Juventude e trazer para os jovens esta preocupação com a Casa Comum, trazer estes temas para os jovens e dar-lhes voz”, acrescentou Carmo Diniz.

Segundo a conselheira portuguesa da Fundação João Paulo II para a Juventude já começaram os contactos com a organização da JMJ 2027, que se vai realizar em Seul, capital da Coreia do Sul, para seguirem também “esta vontade de ouvir os jovens num contexto mais académico, mais formal, sobre as suas preocupações e dar-lhes voz”.

 

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