Lisboa: Liga Operária Católica diocesana denuncia «situações desumanas no mundo do trabalho»

Lisboa, 03 mai 2019 (Ecclesia) – A Liga Operária Católica – Movimentos de Trabalhadores Cristãos (LOC-MTC) na Diocese de Lisboa denunciou “situações desumanas vividas no mundo do trabalho”, no contexto da recente celebração do 1.º de Maio.

Num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, a LOC-MTC Lisboa refere que pretende “recentrar o valor da pessoa para que se sinta realizada pessoal e socialmente através da dignidade no trabalho e na vida”, em comunhão com o Papa Francisco e apoiada na Doutrina Social da Igreja.

Com o tema ‘S. José Operário e o Dia Internacional do Trabalhador’, o ‘Encontro da Solidariedade’ preparou o 1.º de Maio de 2019 com as reflexões apresentadas pelo assistente diocesano da LOC-MTC, o padre Mário Faria Silva, e o secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos.

O sacerdote, lê-se no comunicado, “deu ênfase” à preparação da Jornada Mundial do Trabalhador realçando a importância da participação militante da Liga Operária Católica “no mundo do trabalho” e defendeu “a importância” da Doutrina Social da Igreja “destacando a força” da Encíclica do Papa Leão XIII ‘Rerum Novarum: sobre a condição dos operários’, de 15 de maio de 1891.

O padre Mário Faria Silva explicou que a LOC “não é um sindicato”, mas inseridos na sociedade têm “de intervir, dar contributos como cristãos, defender a dignidade de quem trabalha” e continuar a reivindicar “a redução do horário de trabalho, a defesa do domingo”, por exemplo.

Por sua vez, o secretário-geral da CGTP-IN recordou a origem histórica do 1.º de Maio, 133 anos depois do massacre de Chicago, e referiu à atualidade e ao futuro do trabalho, a necessidade de estabilidade e a segurança no emprego, as novas gerações com salários próximos do limiar da pobreza.

Segundo a LOC-MTC – Diocese de Lisboa, Arménio Carlos sublinhou o papel dos católicos no Movimento Sindical Unitário, na luta pela liberdade e pela democracia, pela liberdade sindical, pela defesa do salário mínimo nacional – instituído em 1974 com o valor de 3300 escudos – do Serviço Nacional de Saúde, Segurança Social, acesso ao Ensino e Ensino Superior, horário de trabalho, a defesa do Domingo.

No Dia do Trabalhador, a Igreja Católica evoca a figura de São José Operário, a celebração litúrgica foi instituída no dia 1 de maio de 1955, pelo Papa Pio XII, diante de milhares de trabalhadores italianos.

A Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos foi fundada 10 de junho de 1974 e tem como método original a revisão de vida “Ver – Julgar – Agir”.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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