Lisboa: Dezenas de crianças portuguesas e sírias rezaram juntas pela paz

Iniciativa em videoconferência decorreu no Colégio de Santa Maria, na Lapa

Lisboa, 02 jun 2017 (Ecclesia) – Dezenas de crianças portuguesas e sírias rezaram em conjunto pela paz, numa iniciativa em videoconferência esta quinta-feira em Lisboa, no Colégio de Santa Maria, na Lapa, com o apoio da Fundação Ajuda a Igreja que Sofre.

“Durante aproximadamente 45 minutos, cerca de quatro centenas de crianças e adolescentes portugueses partilharam testemunhos, rezaram e cantaram com cinco famílias cristãs de Alepo, com os respetivos filhos, num total de 14 crianças”, explica a Fundação AIS, em comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

Mesmo no meio de “dificuldades de comunicação”, uma vez que a “ligação pela internet” nem sempre foi fácil, foi evidente a comunhão entre as duas partes.

“Muito obrigado pela vossa ajuda e por não se esqueceram de nós”, foi a mensagem que as famílias e crianças sírias quiseram deixar, numa alusão à ajuda que os portugueses têm feito chegar àquele país, em guerra há sete anos.

Catarina Martins, diretora do secretariado nacional da Fundação AIS, realçou a importância dos portugueses continuarem a mobilizar-se a favor desta causa, para ajudar a minorar “as consequências da guerra civil”.

A cidade de Alepo, outrora considerada “o coração económico” da Síria, é hoje uma localidade “destruída pelos combates”, com uma vida “paralisada” pelos combates e muitas carências, desde “água, eletricidade, alimentos e medicamentos”, apontou a mesma responsável.

De acordo com a Fundação AIS, esta foi a segunda iniciativa do género envolvendo o Colégio de Santa Maria, no sentido de “aproximar crianças de Lisboa e de Alepo num momento de partilha e de oração”.

Trata-se também de uma forma de sensibilizar os mais novos para os problemas e desafios que crianças de outros países enfrentam.

Está neste momento a decorrer uma campanha da AIS intitulada ‘Uma Gota de Leite por Alepo’, que desafia a preencher a falta daquele bem essencial, entre as comunidades sírias.

Os alunos “ficaram sensibilizados” e “vão seguramente” ser “muito generosos e solidários”, salientou a diretora pedagógica do Colégio, Clara Almeida.

JCP

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