Lisboa: Cardeal-patriarca elogia contributo da Universidade Católica para a sociedade portuguesa

Dia Nacional da UCP tem como tema «Por um novo humanismo»

Lisboa, 06 fev 2022 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa assinalou hoje o Dia Nacional da Universidade Católica Portuguesa (UCP), com mais de 50 anos de existência, elogiando o seu contributo para a Igreja e a sociedade.

“[A UCP] Oferece à sociedade portuguesa – sem que esta, concretamente a oficial, gaste nisso coisa que se veja – dezenas de milhares de diplomados que servem nas mais diversas latitudes de Portugal e por esse mundo além”, disse, na homilia da Missa a que presidiu na Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, com transmissão televisiva.

D. Manuel Clemente, magno chanceler da UCP, começou por convidar todos os católicos a “apoiar e acarinhar” a instituição académica.

O responsável sublinhou que a ideia de uma Universidade Católica estava nos “sonhos” da Igreja em Portugal muitos anos antes da sua fundação, “desde o final do século XIX”.

“Houve gente que acreditou e ela nasceu, está aí, vai-se desdobrando em cursos, licenciaturas, mestrados, investigações”, observou.

As celebrações do Dia da UCP em 2022 têm como tema ‘Por um novo humanismo’.

“Precisamos de nos renovar como humanidade”, destacou D. Manuel Clemente, pedindo respeito pela “dignidade absoluta” de cada pessoa, numa “verdadeira solidariedade que não deixe ninguém de fora”.

O cardeal-patriarca destacou a importância de valorizar os “sinais” da presença de Deus, no dia a dia.

“Nada começa connosco ou a partir de nós, mas de Deus e da sua vontade”, disse.

“Quando as coisas são feitas a partir dele, acontecem, porque não são nossas”, acrescentou.

A celebração contou com uma saudação do padre José Manuel Pereira de Almeida, vice-reitor da UCP, que destacou a evolução favorável da pandemia de Covid-19, no último ano.

No final da Missa, Isabel Capeloa Gil, reitora da Universidade Católica, dirigiu-se aos presentes para apresentar a sua reflexão para esta data, centrada na “defesa intransigente” da dignidade humana.

“O novo humanismo salienta a centralidade da pessoa sem a reduzir a um essencialismo individualista, exerce-se numa cultura de diálogo cultural, na relação com o planeta como nossa casa comum, na proposta de uma cultura do acolhimento dos mais frágeis, de uma economia com crescimento solidário, de sociedades que garantam a igualdade de todos perante a lei, que defendam os valores da democracia”, indicou.

O Dia Nacional da UCP celebra-se anualmente, por determinação da Conferência Episcopal Portuguesa, no primeiro domingo de fevereiro.

O programa 70×7 (RTP2) emite este domingo, pelas 17h30, uma entrevista a Isabel Capeloa Gil.

OC

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