Em carta que D. Manuel Clemente escreveu aos diocesanos para o início do novo ano pastoral
Lisboa, 01 set 2018 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa pediu hoje “comunhão profunda e orante” com o Papa Francisco numa carta aos seus diocesanos, por ocasião do início do ano pastoral 2018-2019.
“Quero ainda pedir-vos, caríssimos diocesanos, comunhão profunda e orante com o Santo Padre, que com tanta coragem e lucidez guia a Igreja neste momento de purificação espiritual e prática”, escreve D. Manuel Clemente no final da sua carta para o novo ano pastoral.
“Estamos com o Papa Francisco, como ele está com Cristo e o Evangelho”, lê-se ainda no documento enviado hoje à Agência ECCLESIA, pelo Departamento da Comunicação do Patriarcado de Lisboa.
D. Manuel Clemente lembra que 2018/2019 é mais um ano dedicado à receção da Constituição Sinodal de Lisboa (CSL) e mantém o objetivo transversal de “fazer da Igreja uma rede de relações fraternas (CSL, 60).
“Para reforçar a participação e a corresponsabilidade comunitárias a todos os níveis da vida paroquial e diocesana, incidiremos especialmente no nº 47: «Viver a liturgia como lugar de encontro com deus e também da comunidade cristã enquanto povo de Deus que celebra»”, acrescenta.
O cardeal-patriarca de Lisboa, que depois acrescenta a continuação da frase citada, salienta que podem ter esse trecho como um conjunto de alíneas programáticas, e observa que têm “de progredir em todos estes pontos”: A) Qualidade do espaço e da celebração. B) Comunidade que escuta realmente o seu Deus. C) Formação e mistagogia para entender o que se celebra.
Na carta à diocese, o seu bispo explica também que o lema do ano pastoral pode ser a frase – «partilhar a Palavra e celebrar juntos a Eucaristia torna-nos mais irmãos e vai-nos transformando pouco a pouco em comunidade santa e missionária» – da Exortação apostólica de Francisco ‘Gaudete et Exultate, sobre o chamamento à santidade no mundo atual’.
“É uma feliz síntese sobre a comunidade que escuta, partilha e celebra, assim mesmo crescendo em fraternidade, santidade e missão”, acrescenta.
Neste contexto, D. Manuel Clemente lembrou que o Papa Francisco destinou o mês de outubro de 2019 “à intensificação missionária da vida eclesial” e a Conferência Episcopal Portuguesa alargou esse objetivo a todo o ano pastoral que vai começar.
“Ao longo do ano muito se fará decerto em termos de formação orante e litúrgica”, observa, pedindo às comunidades que aproveitem para isso “todas as ocasiões pastorais” – iniciação cristã, catequese, celebrações.
“O Departamento de Liturgia realizará ações formativas nas Vigararias, contando com boa participação de todos, mormente dos que têm especiais funções litúrgicas. Também o Instituto Diocesano da Formação Cristã oferece o seu valioso contributo nesse sentido. Assim cresceremos em santidade e missão, pois Deus chama para enviar”, desenvolve.
Na carta aos diocesanos de Lisboa, no início do ano pastoral 2018-2019, o cardeal-patriarca realça que a Liturgia “devidamente preparada e celebrada é uma grande escola de oração e vida em Cristo”.
D. Manuel Clemente incentiva a “reler atentamente” a Constituição Sacrosanctum Concilium, documento base de toda a reforma litúrgica, “recolhendo os seus propósitos e disposições, hoje tão atuais” como a 4 de dezembro de 1963, quando foi aprovada pelo Concílio Vaticano II.
CB