Lisboa: Cardeal-patriarca apresentou família como «raiz» dos sentimentos e gestos de paz

Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima foi em procissão até ao Padrão dos Descobrimentos

Lisboa, 02 jan 2017 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa afirmou este domingo que a não-violência ativa é a forma “mais eficaz" de conseguir a paz, numa celebração que reuniu jovens da diocese em volta da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima.

“A paz também se discute e debate nos areópagos nacionais e internacionais, mas na raiz destes sentimentos está a família. A família de Deus, que é a comunidade cristã, nós uns com os outros, é o espírito de Cristo a trabalhar em nós e a pôr-nos a trabalhar para o mundo e bem do mundo”, disse D. Manuel Clemente, no Mosteiro dos Jerónimos.

Na celebração acompanhada pela Agência ECCLESIA, o patriarca pediu aos católicos que se fixem, “como os pastores”, na visão da paz quando encontraram em Jesus “ao colo de Maria, guardado por José”.

No 50.º Dia Mundial da Paz, a partir da mensagem do Papa Francisco para esta data, D. Manuel Clemente explicou que a não-violência ativa “é a maneira mais eficaz de conseguir a paz”.

“Consegue fazer dos inimigos, pelo menos de muitos inimigos, amigos também mais à frente”, observou.

O cardeal-patriarca de Lisboa recordou que o atual Papa destaca que a “primeira aprendizagem” começa na família onde se aprende “a viver uns com os outros, a viver na variedade das gerações”.

“A paz constrói-se, porque se ela não nasce nos corações não nascerá nos tratados e não nascerá entre as nações; mas quando nasce nos corações, sim”, acrescentou na Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus.

D. Manuel Clemente sublinhou que não se aprende a ultrapassar conflitos “em nenhum código, raciocínio formal”, mas numa vivencia que tem de ser de “convivência”.

O cardeal-patriarca de Lisboa destacou também que a mensagem do Papa, intitulada ‘A não-violência: estilo de uma política para a paz’, insiste na ideia de que a guerra “não se vence com a guerra”.

“Os conflitos vencem-se com mais paz e mais intenções de recuperar o outro mesmo quando o outro está contra nós”, desenvolveu, relembrando que a história tem elementos e argumentos que “podem garantir que a não-violência ativa não deixa de estar na luta, nas frentes em que a dignidade humana é um bom combate”.

Após a celebração, o cardeal-patriarca de Lisboa e a assembleia, com destaque para os jovens que integram o movimento ‘Eu Acredito’, foram em procissão até ao Padrão dos Descobrimentos, acompanhados pela Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima, para rezar pela paz no mundo.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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