Augusto Santos Silva aponta a mobilização «cívica» de jovens de todo o mundo
Lisboa, 27 jan 2023 (Ecclesia) – O presidente da Assembleia da República disse hoje em Lisboa que a próxima edição internacional da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) é uma “grande realização”, de que Portugal se “orgulha”.
“É um acontecimento importante para o nosso país”, indicou Augusto Santos Silva, após uma visita à sede da Fundação JMJ, acompanhado por D. Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa, e D. Américo Aguiar, presidente da referida fundação.
O encontro assinalou o 4.º aniversário do anúncio da escolha da capital portuguesa como cidade-sede da próxima edição internacional da JMJ, que aconteceu na Cidade do Panamá.
Um trabalho de cooperação para “aproveitar a mobilização de jovens”, em Lisboa e Loures, para que esta tenha uma dimensão “cívica”, propondo a temática da “educação para a cidadania democrática” e um olhar sobre “os problemas globais” e a defesa de bens da humanidade, como “os oceanos, a paz, a segurança, o ambiente, a preservação da biodiversidade”.
As questões da religião e da sua respetiva “prática social” merecem “o máximo respeito” dos responsáveis políticos, que se movem dentro dos princípios da lei, em Portugal, “com total liberdade religiosa e de culto”.
“A presença de um milhão e meio de jovens, provavelmente, de mais de uma centena de países, reunidos em Portugal, tem, em si, um significado acrescido, também para o Parlamento português”, observou.
A Jornada da Juventude terá também eventos, a ela associados, em particular aqueles que são reunidos sob o tema do Festival da Juventude, que têm a ver com arte, com música, mas também com a cidadania. E esse é um motivo de interesse direto, para a Assembleia da República”.
Santos Silva rejeitou a ideia de “contestação social” à realização da JMJ, sublinhando que esta é “uma realização religiosa, que tem um significado que vai muito além e é de todo o interesse para um país como Portugal”.
O responsável assinala que o país vai tirar “benefícios materiais e económicos” desta iniciativa, além dos “simbólicos”, pelo que considera “razoável” o investimento público.
O maior encontro mundial de jovens promovido pela Igreja Católica, iniciado em 1986 por iniciativa do Papa São João Paulo II, vai decorrer pela primeira vez em Portugal, de 1 a 6 de agosto deste ano.
A sede da Fundação JMJ Lisboa 2023 recebeu esta manhã o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro e a ministra adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, “para uma reunião de ponto de situação sobre segurança e proteção na Jornada Mundial da Juventude”, refere uma nota divulgada pela organização portuguesa.
“A JMJ Lisboa 2023 é um evento com uma dimensão sem precedentes em Portugal. As forças de Segurança, o Ministério da Administração Interna e outras entidades estão a preparar tudo para que seja um evento mais organizado e sobretudo mais seguro para todos os peregrinos”, acrescenta o comunicado.
A JMJ é um acontecimento religioso e cultural que reúne jovens de todo o mundo durante uma semana.
Cada Jornada realiza-se, anualmente, a nível diocesano (inicialmente no Domingo de Ramos e atualmente na solenidade litúrgica de Cristo-Rei), alternando com um encontro internacional a cada dois ou três anos, numa grande cidade; até hoje houve 36 JMJ, com 14 edições internacionais em quatro continentes.
OC