Lisboa 2023: Paróquias de Portugal assinalam 100 dias para a realização da JMJ, com luz e toque de sinos

Organização destaca cinco momentos da história do grande encontro juvenil, promovido pela Igreja Católica

Foto: Diocese de Vila Real

 

Lisboa, 23 abr 2023 (Eccesia) – Mais de 900 paróquias portuguesas assinalam hoje a ‘Hora JMJ’, que marca a contagem decrescente de 100 dias para a realização da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, de 1 a 6 de agosto.

O Comité Organizador Local informa, em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, que a iniciativa prevê que fachadas de monumentos sejam “iluminadas com as cores da JMJ Lisboa 2023” e que as igrejas toquem os sinos, às 20h23.

“A Hora JMJ será assinalada a 23 de abril, dia de referência à JMJ Lisboa 2023, em que faltarão exatamente 100 dias para o encontro internacional a decorrer em Lisboa com jovens de todo o mundo”, precisa a nota.

Este momento visa evocar um encontro internacional que “procura promover a paz, a união e a fraternidade entre os povos e as nações de todo o mundo”.

Entre os monumentos iluminados estão várias catedrais diocesanas, Santuários – entre eles os de Fátima e do Cristo-Rei (Almada, Diocese de Setúbal) – e mosteiros, com o dos Jerónimos ou de Alcobaça.

Vários outros edifícios e monumentos associam-se a este momento: Paços do Concelho de Cuba, Paços do Concelho da Câmara Municipal da Moita, Palácio Nacional de Mafra, Torre dos Clérigos, Câmara Municipal de Póvoa do Lanhoso, Câmara Municipal do Cartaxo, Camara Municipal de Miranda do Douro, Castelo de Bragança, Castelo de Miranda do Douro, Seminário do Funchal.

De 1 a 6 de agosto, Portugal vai receber pela primeira vez o maior encontro de jovens promovido pela Igreja Católica.

A JMJ nasceu após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

São João Paulo II escreveu uma Carta Apostólica aos jovens do mundo (31 de março de 1985) e depois anunciou a instituição da Jornada Mundial da Juventude (20 de dezembro de 1985)

Este é um acontecimento religioso e cultural que reúne jovens de todo o mundo durante uma semana.

Cada JMJ realiza-se, anualmente, a nível diocesano (inicialmente no Domingo de Ramos e atualmente na solenidade litúrgica de Cristo-Rei), alternando com um encontro internacional a cada dois ou três anos, numa grande cidade; até hoje houve 36 JMJ, com 14 edições internacionais, em quatro continentes, e sete dessas edições decorreram na Europa.

A 100 dias da edição de Lisboa, a organização local evoca, na sua página oficial, “cinco momentos que são considerados dos mais marcantes da história da JMJ”.

O primeiro é a Missa de Envio (também conhecida como Missa Final) com o Papa João Paulo II na JMJ Manila 1995, a mais participada de sempre, contando com cerca de 4 milhões de peregrinos no Parque Rizal.

Durante a JMJ Roma 2000, o mesmo Papa João Paulo II protagonizou “um momento muito marcante ao dançar com os jovens na noite da Vigília de Oração”; mais de dois milhões de peregrinos os que participaram neste encontro e o seu hino, “Emmanuel”, tornou-se num dos mais populares de sempre.

Durante a Vigília da JMJ Madrid 2011, a chuva intensa marcou o momento de oração no Aeródromo de Cuatro Vientos.

Os jovens permaneceram no recinto e o Papa Bento XVI juntou-se a eles e disse-lhes: “A nossa força é maior que a chuva, e com ela, o Senhor nos manda muitas bênçãos. Sois um exemplo”.

Na JMJ Rio 2013, a primeira presidida pelo Papa Francisco, mais de 3 milhões de peregrinos que encheram o areal da praia de Copacabana, tanto na Vigília como na Missa de Envio, originando uma das imagens mais memoráveis da edição brasileira.

Na JMJ Panamá 2019, onde Portugal foi anunciado como o país que iria acolher a próxima edição, um jovem em cadeira de rodas foi levantado, no meio da multidão, para receber a bênção do Papa Francisco.

“A Jornada Mundial da Juventude tem-se evidenciado como um laboratório de fé, um lugar de nascimento de vocações ao matrimónio e à vida Consagrada e um instrumento de evangelização e transformação da Igreja”, aponta a organização portuguesa.

A publicação conclui-se com um convite: “Vem fazer parte da história da JMJ Lisboa 2023!”.

OC

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Agência ECCLESIA

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