Lisboa 2023: Música e dança contemporânea convidaram ao «encontro» na vigília da JMJ

 Carminho, Cecília Rodrigues, Eurico Carrapatoso, Ensemble 23, coro «Mãos que cantam» e o coro e orquestra da Jornada Mundial conduziramm 90 minutos de celebração, no Parque Tejo

Foto: JMJ Lisboa 2023/Julia Silva

Lisboa, 05 ago 2023 (Ecclesia) – A vigília da JMJ 2023, no Campo da Graça, em Lisboa, quis contar, através da “música e da dança contemporânea”, a história de um encontro.

“O encontro que nos é encenado na primeira parte da Vigília, torna-se posteriormente atual e concreto na segunda parte, pela Adoração do Santíssimo”, refere a organização numa informação enviada hoje à Agência ECCLESIA.

“A Vigília conta a história de um encontro transformador. Narra-nos, através da música e da dança contemporânea, a história de uma pessoa que se deixou interpelar por Deus e de como isso mudou a sua vida, contagiando todos aqueles com quem se cruzou”, acrescenta a nota.

A organização quis, através deste evento, que “cada peregrino”, pudesse sentir “gratidão pela sua relação com Deus, como sede de que essa relação se fortaleça”, no regresso a casa.

A vigília foi  divida em dois momentos: “a primeira, mais performativa, prepara a segunda, dedicada à adoração do Santíssimo”.

“Não se pretendendo que seja uma referência óbvia, mas inspirados pelo lema desta Jornada, neste evento pode-se constatar um paralelismo entre o que é representado e a história de Nossa Senhora. Um encontro (Anunciação) mudou a vida de Maria e, consequentemente, a história da humanidade. O Sim que Maria deu à proposta de amor de Deus inspira-nos a fazer o mesmo: a entregarmo-nos inteiramente ao Senhor, confiando-lh’E toda a nossa vida, abdicando dos nossos esquemas, planos e seguranças, para sermos Seus instrumentos nesta história de amor de Deus com cada um de nós”, indica a organização.

Às 18h15, chegaram pelo rio e “acompanhados por várias outras embarcações engalanadas os símbolos da JMJ – a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani”.

A aproximação do papamóvel aconteceu ao som da música «Felizes», com letra do padre jesuíta Miguel Pedro Melo musicada por Miguel Tapadas, num momento que vai ser acompanhado por Caças da Força Aérea, marcando a chegada do Papa ao palco.

Após os testemunhos do padre António Ribeiro de Matos e da jovem moçambicana Marta Luís, abriu-se o momento denominado «Levanta-te: avanços e recuos», a soprano Cecília Rodrigues vai interpretar a música “Et misericordia”, de Kim André Arnesen, que fala “da misericórdia de Deus”.

“Como bandos de pássaros, que ora seguem em conjunto, ora se desviam e se voltam a reunir, aqueles que se cruzaram com a protagonista inspiram-se na sua vida, voando para longe dos repetitivos e aprisionados movimentos do início da história, como se contempla na coreografia”, explicam os responsáveis pelo projeto.

“No céu, drones repetem os mesmos movimentos inspirados nos bandos de pássaros”, acrescentam.

No momento «Segue-me», o elenco do Ensemble 23, trocou “um gesto comunitário, encorajador, que se estende para todos os peregrinos no Campo da Graça”.

“Recordamos como Jesus vem sempre ao nosso encontro, nos levanta constantemente e como a gratidão que daí brota dá ânimo para O seguir sempre. Os drones escrevem, em várias línguas, a expressão «follow me» – segue-me”, indica a organização.

A encenação quis apresentar um “paralelismo com a Visitação – o episódio bíblico em que Nossa Senhora, grávida, se levanta e parte apressadamente ao encontro da sua prima Isabel” e duas bailarinas dançaram “sincronizadas, com alegria”, numa altura em que os drones se pintaram de várias cores, “reforçando a alegria deste encontro”.

Durante a adoração foi exposta uma custódia feita pelo artista Avelino Leite, com a hóstia consagrada, entrando “ao som da música «Ave verum», de Eurico Carrapatoso.

Foto: JMJ Lisboa 2023/João Lopes Cardoso

Na parte final da vigília, os participantes puderam escutar a fadista Carminho, a interpretar a música «Estrela», da sua autoria, acompanhada pelo coro e orquestra.

O elenco que deu corpo à vigília, sob direção artística de Matilde Trocado, é composto por membros do Ensemble23, um grupo composto por 50 jovens de 21 nacionalidades diferentes.

A acompanhar esteve o coro e orquestra da JMJ Lisboa 2023, compostos por 210 cantores e 100 músicos de todas as dioceses de Portugal, dirigidos pela Maestrina Joana Carneiro, e o coro ‘Mãos que Cantam’, composto por seis pessoas surdas dirigidas pelo maestro Sérgio Peixoto com o apoio da intérprete Sofia Figueiredo.

LS

 

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Agência ECCLESIA

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