Lisboa 2023: Jornada Mundial da Juventude «é sobretudo uma obra da juventude portuguesa», diz cardeal-patriarca

D. Manuel Clemente recordou «participação extraordinária de dezenas de milhares de pessoas», na preparação do encontro

Foto: Agência ECCLESIA/MC

Lisboa, 31 jul 2023 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa disse hoje que a Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 “é, sobretudo, uma obra da juventude portuguesa”, afirmando que essa geração, a ‘Geração 2023’, representa o rosto de uma “esperança concreta”.

“Tenho a certeza que esta experiência de militância, de serviço, de compromisso de tantos milhares de jovens e pessoas, não passa e cria uma geração, a ‘Geração 2023’, constituída por estes dezenas de milhares de jovens”, salientou D. Manuel Clemente, na primeira conferência de imprensa da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, que se inicia esta terça-feira.

O cardeal-patriarca de Lisboa afirmou que esses jovens são o “rosto de uma esperança concreta” e que marcará não só a sociedade em Portugal, aos jornalistas, e profissionais de comunicação, no media center da JMJ, instalado no Pavilhão Carlos Lopes, no Parque Eduardo VII.

D. Manuel Clemente explicou que a Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 “é, sobretudo, uma obra da juventude portuguesa”, com a colaboração de pessoas que são jovens há mais tempo.

“Para a Jornada ser possível contou com a participação extraordinária de dezenas de milhares de pessoas, sobretudo jovens”, sublinhou, indicando a sua participação nas paróquias, e nos vários âmbitos de organização eclesial, nas vigararias/arciprestados, a nível de diocese, e no COL (Comité Organizador Diocesano), e alguns começaram a trabalhar há três anos.

Na sua intervenção, o cardeal-patriarca de Lisboa disse que a sua “carta ao Papa Francisco a propor Lisboa para organizar uma Jornada Mundial da Juventude” é de 2017, e que os bispos na Conferência Episcopal Portuguesa, “de vez em quando, falavam que seria bom organizar uma JMJ em Portugal.

Neste contexto, realçou que também foi determinante “o incentivo e até pressão” da parte de várias iniciativas organizações de movimentos juvenis em Portugal, o que são “uma realidade muito importante”, quer no meio universitário, como grupos ligados a institutos, a dioceses, “a pressão era muito grande”.

Foto: Agência ECCLESIA/MC

“E também foi necessário que o Estado Português e as autarquias reconhecessem que tinha interesse público, nacional”, explicando que se reuniu com a Presidência da República, com o Governo e autarquias onde se realiza esta edição internacional da Jornada.

“Independentemente de cores políticas, todos foram muito, não apenas concordantes, mas entusiastas com a realização da Jornada, e continuou quando mudaram os autarcas”, acrescentou.

A Jornada Mundial da Juventude, que Portugal recebe pela primeira vez, a partir desta terça-feira, entre 1 e 6 de agosto, é um encontro internacional de jovens promovido pela Igreja Católica, que reúne centenas de milhares de participantes durante cerca de uma semana, em iniciativas religiosas e culturais, sob a presidência do Papa.

“E sempre com muitíssima adesão da juventude”, destacou D. Manuel Clemente, lembrando a sua ampla exposição, e que já percorreu quatro continentes, faltando chegar a África.

Sobre a edição internacional da JMJ em Lisboa, o responsável explicou que “esta semana que já começou”, que está a acontecer como produto, por exemplo, da peregrinação dos seus dois símbolos, a cruz e o ícone de Nossa Senhora, pelas 21 dioceses portuguesas, entre outros países.

“Foi algo muito surpreendente, a adesão das pessoas em geral à passagem dos símbolos era contagiante, efusivo. Ultrapassou as nossas boas expectativas”, referiu.

Foto: Agência ECCLESIA/MC

Na primeira conferência de imprensa da JMJ Lisboa 2023 também esteve presente o coordenador nacional da peregrinação dos dois símbolos da Jornada e dos ‘Dias nas Dioceses’, a semana que está a terminar hoje em 17 dioceses de Portugal.

“Todos os momentos foram a grande manifestação da juventude, momentos expressivos; momentos muito especiais e significativos”, assinalou o padre Filipe Diniz, que destacou que o “protagonismo” dos jovens saiu à rua.

O diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil da CEP, que também foi o responsável nacional pela semana dos ‘Dias nas Dioceses’, que terminam hoje, afirmou que foi “interessante ver a alegria dos jovens”, mais de 67 mil peregrinos, de países dos vários continentes, que estão em 17 dioceses.

“Não ficamos indiferentes, a própria sociedade não ficou indiferente”, afirmou o sacerdote da Diocese de Coimbra, que teve a oportunidade de visitar algumas dioceses, desde o dia 26 de julho.

Até hoje houve 14 edições internacionais da JMJ – que decorrem de forma alternada com uma celebração anual em cada diocese católica: Roma (1986), Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).

CB/OC

 

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Agência ECCLESIA

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