Lisboa 2023: Fundação JMJ diz que evento vai deixar «novo espaço recuperado» para a cidade

Comunicado da organização destaca que infraestruturas associadas às celebrações de agosto «devem ter em mente a dimensão do encontro»

Foto: Lusa

Lisboa, 26 jan 2023 (Ecclesia) – A Fundação Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023 referiu, em comunicado, que o investimento nos locais que acolhem o encontro, no Parque Tejo, vai deixar um “novo espaço recuperado” para a cidade.

“A opção de requalificar uma zona da cidade, ribeirinha, traz ainda desafios acrescidos, mas deixará um novo espaço recuperado como testemunho”, assinala uma nota enviada hoje à Agência ECCLESIA.

A organização portuguesa do evento promovido pela Igreja Católica sustenta que todas as infraestruturas para o evento “devem ter em mente a dimensão do encontro”, que já conta com 400 mil peregrinos inscritos.

“Embora seja incerta a afluência que teremos à JMJ Lisboa 2023, temos já mais de 400 mil peregrinos que iniciaram a sua inscrição, o que já nos dá alguma perspetiva de que será um acontecimento com uma dimensão inédita em Portugal”, indica o comunicado de imprensa.

A Fundação precisa que tem vindo a desenvolver o planeamento da JMJ Lisboa 2023 com todas as partes envolvidas na organização – Governo de Portugal, Câmara Municipal de Lisboa, Câmara Municipal de Loures, Câmara Municipal de Cascais e Câmara Municipal de Oeiras -, “em estreita colaboração e cooperação desde o início”.

O anúncio da escolha da capital portuguesa aconteceu a 27 de janeiro de 2019, no Panamá.

A JMJ nasceu por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

As edições internacionais destas jornadas promovidas pela Igreja Católica são um acontecimento religioso e cultural que reúne centenas de milhares de jovens de todo o mundo, durante cerca de uma semana.

“O trabalho desenvolvido para os projetos de infraestruturas tem vindo a considerar cenários quanto à afluência aos eventos e também requisitos técnicos necessários para garantir a viabilidade dos locais, nomeadamente em termos de segurança, acessibilidade e sustentabilidade”, precisa a Fundação JMJ Lisboa 2023.

Segundo a organização nacional, todas as infraestruturas associadas “devem ter em mente a dimensão do encontro”, confirmando que o Parque Tejo vai acolher os eventos centrais (Vigília e Missa final) da JMJ, a 5 e 6 de agosto.

Percebemos bem a dificuldade de visualizar e apreender a dimensão da JMJ e a escala necessária para o encontro de cerca de 1 milhão de peregrinos com o Papa – para a qual não existem infraestruturas preparadas em Lisboa”.

A Fundação JMJ compromete-se a divulgar, ao longo do projeto, os custos e os investimentos que são da sua responsabilidade, neste “acontecimento inédito” para o país.

A Câmara Municipal de Lisboa adjudicou por ajuste direto a construção do palco-altar da JMJ por 4,24 milhões de euros; segundo a informação disponibilizada no Portal Base da Contratação pública, à construção do palco-altar soma-se o valor de 1,06 milhões de euros para as fundações indiretas da cobertura.

O município promoveu esta quarta-feira uma conferência de imprensa, para explicar o investimento no recinto principal da JMJ 2023, indicando que o palco central será usado, no futuro, para outros eventos.

A Fundação JMJ Lisboa 2023 recorda que, tradicionalmente, a Missa final “conta com o maior número de peregrinos”.

“O altar do Parque Tejo terá cinco mil metros quadrados, com capacidade para acolher duas mil pessoas, nomeadamente bispos, celebrantes, coro, orquestra e equipa técnica e de língua gestual. É erguido, para ser visível por todos os peregrinos, a uma altura de quase três andares, contando com dois elevadores de apoio à mobilidade reduzida e escadaria central de acesso, além de uma cobertura que implica uma estrutura sólida e segura”, precisa a nota.

A partir destas indicações iniciais, o Comité Organizador Local da JMJ Lisboa 2023 e a SRU (Sociedade de Reabilitação Urbana) “desenvolveram um trabalho de arquitetura, tendo chegado ao desenho final”.

No final de 2022, a Fundação JMJ Lisboa publicou o relatório e contas do seu segundo ano de atividades, com um saldo positivo de 843 mil euros, aumento de 245 mil euros face ao ano anterior.

O relatório e contas de 2021, disponível online, registava nesse ano 349 mil euros em donativos – abaixo dos 518 mil de 2020 – e 106 mil euros de despesas em fornecimentos, serviços externos e gastos com pessoal; o exercício teve um resultado líquido positivo de 262 mil euros.

Para 2022 perspetivou-se um “incremento generalizado” das contas para “rendimentos de 3 milhões de euros disponíveis para a concretização das atividades e gastos de 2,9 milhões de euros”.

O documento explica o papel da Secretaria-Geral, do Gabinete de Comunicação, da Direção de Pastoral e Eventos Centrais, da Direção Dias na Diocese, da Direção de Acolhimento e Voluntariado, da Direção de Financiamento, da Direção de Finanças e da Direção de Logística da organização.

A Jornada Mundial da Juventude de Lisboa vai decorrer entre 1 e 6 de agosto de 2023, após ter sido adiada, um ano, por causa da pandemia de Covid-19.

OC

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