Liga Operária Católica acusa Governo de descurar apoios sociais

Maria de Fátima Almeida mostra-se desiludida com as 50 medidas apresentadas pelo executivo, que «só servem os interesses do sector económico europeu»

A Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC) considera que o pacote de medidas apresentadas pelo Governo no dia 15 de Dezembro, para estimular a economia portuguesa, é insuficiente e não responde às principais necessidades das populações, em tempo de crise.

Contactada pela agência ECCLESIA, a coordenadora nacional da LOC mostra-se desapontada com “medidas que podem tapar buracos, mas não resolvem os problemas de fundo”.

No que respeita às leis laborais, o Conselho de Ministros anunciou na última Quarta-feira a intenção de fixar um tecto máximo para indemnizações a dar aos trabalhadores, em caso de cessação dos contratos de trabalho.

A Ministra do Trabalho, Helena André, destacou ainda a criação de um fundo de financiamento para empresas, em caso de reestruturação. Um fundo que não terá contribuição pública e que será baseado, em parte, nos salários dos trabalhadores.

Maria de Fátima Almeida esperava ver medidas mais concretas, “na criação de emprego e no investimento ao apoio social”, especialmente numa conjuntura de crise, já que “se fala na criação de apoios às indemnizações, por exemplo, mas cortou-se nos subsídios de desemprego”.

Para a mesma responsável, estas mudanças no mercado laboral “apenas servem para o Governo satisfazer o sector económico europeu”.

Ao todo, o Governo apresentou 50 novas medidas, que visam sobretudo o reforço da competitividade da economia, dinamizar o mercado de trabalho, levantar o sector das exportações, simplificar processos administrativos e a redução de custos.

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Agência ECCLESIA

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