Líbia/Vaticano: Papa pede cessar-fogo imediato

Apelo de Bento XVI lançado aos «organismos internacionais»

Cidade do Vaticano, 27 Mar (Ecclesia) – Bento XVI apelou hoje ao fim do “uso das armas” na Líbia, convidando os “organismos internacionais” e os responsáveis políticos e militares a um “começo imediato do diálogo”.

Falando a milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, após a oração do Angelus, o Papa alertou para as “notícias cada vez mais dramáticas” que chegam do território líbio, na sequência dos combates entre apoiantes e opositores ao regime de Muammar Kadhafi.

“Cresce a minha inquietação pela incolumidade e a segurança das populações civis e a minha apreensão perante os desenvolvimentos da situação, actualmente marcada pelo uso das armas”, disse, retomando as preocupações manifestadas num apelo semelhante, no último domingo.

Uma coligação internacional iniciou os ataques contra alvos estratégicos das forças leais a Kadhafi, a 19 de Março, procurando travar a repressão militar da revolta lançada contra o regime.

“Nos momentos de maior tensão, torna-se mais urgente a exigência de recorrer a todos os meios de que dispões a acção diplomática e apoiar também os mais pequenos sinais de abertura e de vontade de reconciliação entre todas as partes envolvidas, na busca de soluções pacíficas e duradouras”, disse Bento XVI, esta manhã.

O Papa revelou rezar para “um regresso à concórdia na Líbia e em toda a região do norte de África”.

A tensão em países como o Iémen, a Jordânia ou Síria, também mereceu uma referência de Bento XVI.

“O meu pensamento dirige-se para as autoridades e cidadãos do Médio Oriente, onde nos últimos dias se verificaram diversos episódios de violência, a fim de que seja privilegiada a via do diálogo e da reconciliação na busca de uma convivência justa e fraterna”, declarou.

Na tradicional saudação aos grupos presentes no Vaticano, o Papa dirigiu-se aos “peregrinos de língua portuguesa”, incluindo “os alunos e professores do Colégio de São Tomás em Lisboa”, que recordam a sua visita a Portugal, em Maio do ano passado.

“Agradecido pela vossa presença e união na oração, desejo a todos a água viva que Jesus ofereceu à Samaritana, dizendo-lhe que a mesma se torna uma fonte que jorra para a vida eterna”, disse, antes de se despedir dos peregrinos com votos de “boa semana”.

OC

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