Liberdade Religiosa: Seguranças, armas e detetores de metais procuram proteger igrejas e pessoas no Paquistão

«Toda a gente tem medo dos terroristas», diz responsável por uma das equipas

Foto: AIS

Lisboa, 06 abr 2021 (Ecclesia) – William Arif Khan, responsável por equipas de segurança nas igrejas do Paquistão, disse que todos têm “medo dos terroristas”, por isso, têm seguranças, armas, detentores de metais, para proteção das pessoas na catedral do Sagrado Coração de Lahore.

“Toda a gente tem medo dos terroristas”, disse à Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) o coordenador de uma equipa de 15 voluntários que asseguraram a proteção dos paroquianos da catedral do Sagrado Coração de Lahore,

Em informação enviada hoje à Agência ECCLESIA, a AIS recorda que explosões de bombas nas igrejas causaram “mais de uma centena de mortos”, na última década, em Quetta, Lahore ou Peshawar, falando numa “crescente onda de intolerância para com os cristãos”.

Neste contexto, segundo a fundação pontifícia, “não é estranho ver seguranças, por vezes até armados”, nas principais igrejas no Paquistão durante as celebrações religiosas, onde muitos são voluntários e desempenham “um trabalho essencial na prevenção de eventuais ataques terroristas”.

“A nossa fé diz-nos que Deus não nos vai desiludir. Portanto, executamos os nossos deveres com total paixão e evitamos o pensamento negativo”, realça William Arif Khan.

O responsável explica que os voluntários “estão equipados com detetores de metais”, para prevenir a entrada de pessoas com armas ou de objetos que possam ser usados em possíveis ataques.

Para uma maior eficácia do trabalho destes voluntários prevê-se a criação de equipas femininas.

Os elementos das forças de segurança também são destacados para as igrejas nas Eucaristias festivas da Páscoa, Natal e Ano Novo, e os templos têm mecanismos para controlar as entradas das pessoas, como “portões de passagem”.

A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre recorda que o arcebispo de Lahore, D. Sebastian Shaw, lamentou que igrejas e escolas cristãs tenham de se proteger como se fossem “prisões”.

“Temos de estar em alerta, porque estes grupos radicais vão e vêm, como num jogo do gato e do rato. Viver neste ambiente é muito difícil”, explicou o arcebispo, em 2018, quando esteve em Portugal a convite da AIS.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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