Leiria-Fátima: Coordenador diocesano do Sínodo 2023 destaca trabalho a «bom ritmo» e «centenas de grupos organizados»

Padre José Augusto Rodrigues identifica pontos positivos e negativos numa radiografia à diocese

Leiria, 27 jan 2022 (Ecclesia) – O coordenador da Equipa Sinodal de Leiria-Fátima disse que o processo na diocese “está a bom ritmo”, com as pessoas a aderiram às propostas e com “centenas de grupos organizados”, salientando a importância de “continuar o caminho de discernimento”.

“Como aspeto mais positivo deste processo destaco que a diocese está envolvida no Sínodo. Como maior desafio ainda a superar, identifico o de chegarmos aos que não fazem parte das comunidades cristãs e estão de fora, disse o padre José Augusto Rodrigues, informa a Diocese de Leiria-Fátima.

Segundo o coordenador da Equipa Sinodal Diocesana de Leiria-Fátima, o caminho do sínodo nesta Igreja local “está a bom ritmo”, as pessoas aderiram às propostas e têm “centenas de grupos organizados”, e importa “continuar o caminho de discernimento”.

O padre José Augusto Rodrigues adiantou que nas respostas ao primeiro inquérito encontrou “traços fortes” que todos se apercebem, “com potencialidade geográfica e recursos humanos, sejam sacerdotais sejam laicais, ainda por potenciar”.

Na última sessão de formação do curso da Escola Diocesana Razões da Esperança, relacionado com o Sínodo dos Bispos 2021-2023, o sacerdote contextualizou que equipa diocesana sinodal é constituída por oito elementos, existem 77 delegados sinodais e centenas de grupos organizados.

Foram requisitados 3241 livretes com os questionários, para além dos que foram descarregados online, e já começaram a receber respostas em número significativo aos inquéritos promovidos pelo Serviço Diocesano de Catequese e aos questionários 1 e 2.

Na sessão ‘Sinodalidade na Diocese de Leiria-Fátima: passado, presente e futuro’, o padre José Augusto Rodrigues também apresentou alguns dados sobre esta Igreja, “uma radiografa incompleta e parcial”.

A Diocese de Leiria-Fátima tem 73 paróquias, divididas por nove vigararias: “Paróquias vivas que envolvem e atraem, que têm dinâmica em si próprias, paróquias que, por diversas razões, estão envelhecidas e despovoadas”.

Os “jovens estão longe da comunidade” e explicou que considera que o serviço mais estruturado a nível diocesano e paroquial é o da catequese, em comparação, com outros sectores e serviços que “são muito frágeis em algumas paróquias”, predominando “a carolice e a boa vontade”.

“Ao contrário dos Conselhos Económicos Paroquiais que existem e funcionam, algumas paróquias não têm Conselhos Pastorais, ou, se os têm, não conseguem tirar proveito deles. Este dado é particularmente significativo uma vez que os Conselhos Pastorais são uma das estruturas mais caraterísticas desta Igreja sinodal a que somos chamados”, desenvolveu.

O sacerdote, que também é o reitor do Seminário Diocesano de Leiria, referiu que as vocações presbiterais são “um problema grave”, contabilizando que têm dois seminaristas, em 88 sacerdotes são 63 os que estão no ativo, e ainda não têm diaconado permanente.

Para o padre José Augusto Rodrigues, a vocação matrimonial também apresenta valores preocupantes, “em 2010, deram entrada 804 matrimónios, e em 2021, apenas 468 matrimónios”, “uma diminuição de mais de 40%” desde 2010, informa a Diocese de Leiria-Fátima.

CB

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Agência ECCLESIA

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