Leigos da Boa Nova apostam em Angola

No panorama das entidades que promovem projectos de voluntariado missionário, os Leigos da Boa Nova destacam-se por levar a cabo de iniciativas em Angola, Brasil, Moçambique e Portugal. Aí têm trabalhado em parceria com outras Organizações Não-Governamentais de Espanha, Grécia e Itália, e também com várias instituições portuguesas e internacionais, quer a nível da Igreja Católica, quer a nível governamental e da União Europeia. As partidas deste verão servem mais para avaliar os projectos que se estão a desenvolver no terreno e colaborar nas actividades da comunidade do que propriamente para realizar uma Missão. Os Leigos da Boa Nova não estão a apostar nos projectos de curta duração, por considerarem que os mesmos são muito curtos e têm muitos custos”. Este ano, nem mesmo o surto de Marburg impediu que três jovens seguim-se para Angola. A presença nesse país consolidou-se com a melhoria da situação político-militar, tendo-se iniciado em 2004 o projecto Professores para a Gabela, com o envio de três voluntários. O projecto deverá ter continuidade até 2009. Este projecto surgiu de um desafio lançado pelos Missionários da Boa Nova, que trabalham em Angola há mais de 30 anos. Da cidade da Gabela (Kuanza Sul) chegava há anos um insistente pedido de ajuda para colocar em correcto funcionamento o ensino de nível secundário (PUNIV) naquela cidade, para que os jovens e adultos daquela zona pudessem prosseguir os seus estudos sem terem de se deslocar para outras cidades a grandes distâncias, normalmente não dispondo de meios financeiros para tal. Depois de estudada a situação, foram definidos os dois objectivos fundamentais do projecto “Professores para a Gabela”: contribuir para a melhoria da qualidade do ensino ministrado na Escola Pré-Universitária (PUNIV) do Amboim; aumentar as vagas existentes nesse nível de ensino (que são muito inferiores à procura), abrindo também o Curso de Ciências Exactas, pois só funcionava o de Ciências Sociais. Estes dois objectivos desembocam num terceiro ainda mais fundamental e estruturante: a melhoria dos níveis de vida da população local (na educação, cultura, saúde, sociedade civil e democrática, etc.). Os voluntários enviados, para além da sua profissão, têm horizontes mais vastos e integram-se nas actividades pastorais da missão, com variadas possibilidades: catequese, grupos de jovens, liturgia, pastoral da criança, direitos humanos, entre outras. Os voluntários são acompanhados em permanência pela equipa missionária da Gabela e pelos Leigos Boa Nova, realizando um trabalho gratuito e gratificante.

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