Associação apela à «maior participação» dos cidadãos
Lisboa, 26 fev 2024 (Ecclesia) – A Associação dos Juristas Católicos (AJC) apelou à “maior participação dos cidadãos” nas eleições legislativas do próximo dia 10 de março e destaca “princípios” baseados na Doutrina Social da Igreja que devem “orientar” as escolhas de eleitores e eleitos.
“Sem a devida informação e participação dos cidadãos, o precioso património que representam as instituições democráticas é desperdiçado e corre o riso de perder sentido”, lê-se numa nota enviada à Agência ECCLESIA.
A Associação dos Juristas Católicos sublinha a “dignidade das várias formas de ação política”, como modos privilegiados de “amor ao próximo na sua dimensão estrutural e de serviço ao bem-comum”, e a “necessidade de reabilitação da política”, perante os exemplos negativos que a desvirtuam, e que não podem levar “a desistir”.
O presidente da República marcou para o próximo dia 10 de março, na sequência da demissão do primeiro-ministro António Costa, a 7 de novembro de 2023, e posterior dissolução da Assembleia da República.
Os Juristas Católicos salientam que não se pode “aceitar resignados os níveis de abstenção que se têm verificado em eleições anteriores”.
A AJC destaca também um conjunto de princípios que, baseados na Doutrina Social da Igreja, como “a defesa da vida humana em todas as suas fases, da conceção até à morte natural; “a prioridade do combate à pobreza enquanto violação da dignidade humana”.
“A promoção da paz e da justiça no âmbito das relações internacionais”, “o acolhimento generoso e responsável de refugiados e migrantes” e a salvaguarda da integridade da criação, “em atenção ao bem das gerações vindouras”, destaca ainda a associação.
Na nota, a AJC assinala que muitos destes temas, “de relevante alcance ético”, são habitualmente “subalternizados nas campanhas eleitorais”, mais centradas em tópicos que envolvam interesses pessoais e de grupo.
A Associação dos Juristas Católicos, criada em 1985, tem como finalidade geral contribuir para que na sociedade portuguesa se realizem os valores da doutrina cristã, em harmonia com o Magistério da Igreja.
CB/OC