Legislativas 2024: Diálogo entre partidos é o desafio para evitar instabilidade a curto prazo, afirma o presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz

Pedro Vaz Patto refere que diminuição da abstenção valoriza «maior legado do 25 de abril»

Foto Lusa

Lisboa, 11 mar 2024 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP) afirmou que a diminuição da abstenção nas eleições legislativas valoriza o “maior legado do 25 de abril” e aponta o diálogo como forma de evitar a instabilidade “a curto prazo”.

“Em face dos resultados, o desafio que se coloca agora é um desafio ao diálogo entre os vários partidos, sobretudo entre os dois mais votados”, disse Pedro Vaz Patto em declarações à Agência ECCLESIA.

A Aliança Democrática elegeu 77 deputados para Assembleia da República nas eleições deste domingo, a que se juntam 3 da Região Autónoma da Madeira, o Partido Socialista 76, o Partido Chega 48, a Iniciativa Liberal oito, o Partido Comunista Português quatro, o Livre também quatro e o Partido das Pessoas, dos Animais e da Natureza um deputado; os quatro mandatos eleitos pela emigração estão ainda por apurar.

Na análise aos resultados das Legislativas 2024, o presidente da CNJP disse que, em campanha eleitoral, “o que se põe em evidência são as diferenças” e o que “divide os partidos”, lembrando que se encontram também “pontos comuns” nas várias propostas partidárias.

“Quando se faz um apelo ao voto, há que fazer distinções entre as várias alternativas. Mas, se formos ver bem, não há só divisões, também há pontos comuns”, afirmou.

“O desafio que agora é importante é que, no diálogo entre os partidos mais votados, se procurem consensos, compromissos até e, sem por em causa o essencial dos programas dos vários partidos, é possível encontrar pontos de contacto, porque isso é o que reclama o interessa nacional: colocar o interesse nacional acima do interesse dos partidos”.

Pedro Vaz Patto sublinha que “ninguém ganharia com uma instabilidade que enveredasse por eleições a curto prazo, tendo em conta o contexto de crise internacional que se está a viver, e também os desafios, os problemas das pessoas em relação à pobreza, acesso habitação, à educação”.

Para o presidente da CNJP, o facto da abstenção não ter sido tão elevada como em eleições anteriores valoriza os apelos à participação feito por diferentes instituições, nomeadamente a Conferência Episcopal Portuguesa e a Comissão Nacional Justiça e Paz, e destaca o “maior legado do 25 de Abril”.

“A oportunidade que temos de participar, de influir nos destinos do nosso país, de uma forma justa, honesta igualitária, onde todos têm o mesmo peso na decisão, é o maior legado do 25 de abril”, afirmou.

Após as Legislativas 2024, o presidente da República vai ouvir os partidos políticos com assento parlamentar em ordem à constituição do próximo Governo de Portugal.

PR

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Agência ECCLESIA

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