Departamento da arquidiocese reafirma a «obrigação» do voto e aponta quatro temas a ter em conta no momento da decisão
Braga, 03 out 2019 (Ecclesia) – O Departamento Arquidiocesano da Pastoral da Saúde de Braga afirmou que os eleitores devem informar-se, exigir e sobretudo votar, considerando que os políticos e os governantes têm de ser “responsáveis”.
“Temos de exigir aos nossos governantes/políticos que sejam responsáveis, que ‘não sacudam a água do capote’ e que não nos inundem num discurso demagógico” afirmou o organismo da Arquidiocese de Braga num documento enviado hoje à Agência ECCLESIA.
Para o Departamento Arquidiocesano da Pastoral da Saúde de Braga (DAPSB), os cidadãos devem “exigir coerência às pessoas que detêm responsabilidades (cargos) de gestão/governação/liderança”, lembrando a necessidade de “pactos de regime”.
“Há que definir uma política, delinear a estratégia e os planos, implementá-los, avaliá-los e, só depois, mudar o que não tiver tido resultados positivos”, afirma o DAPSB.
Para o organismo da Arquidiocese de Braga, é necessário que, “ganhe quem ganhar”, os governantes garantam que “se execute aquilo que for discutido e consensualizado por todos como sendo o melhor para o País”.
O DAPSB lembrou o “dever” e a “obrigação” de todos os cidadãos participarem nos atos eleitorais, afirmando que o “direito universal ao voto não surgiu do nada”, mas “foi um acontecimento arduamente conquistado pelo qual houve vítimas que se sacrificaram”.
Referindo indicadores a ter presente no momento da escolha das várias propostas que se candidatam a eleições, o DAPSB apontou quatro temas que devem merecer a análise dos eleitores: incêndios, saúde, segurança social e a corrupção.
“Serão uma ‘fatalidade fatídica’ que se repete ano após ano? É normal a ausência duma intervenção estruturada pelos diferentes governantes? Será justo responsabilizarem-se os proprietários dos terrenos, muitos deles idosos e isolados, pela sua limpeza?”, interroga-se o DAPSB a respeito dos incêndios.
Já sobre a saúde, o departamento que coordena a pastoral a Igreja Católica nesse setor denunciou aumento dos “tempos de espera de consultas e de cirurgias”, da “despesa individual em medicamentos, afirmando a necessidade de ser “devidamente implementada” a lei de bases da saúde, que “continua atual.
Sobre a segurança social, o DAPSB recorda o “envelhecimento da população” a “inversão” da pirâmide populacional e o facto dos jovens continuarem a “sair do País à procura de melhores destinos e desperdiçando o investimento feito na sua formação e não contribuindo para a natalidade nacional”.
O organismo da Diocese de Braga alertou também para corrupção, lembrando que “é um problema nacional”.
Este domingo, dia 6 de outubro, os portugueses são chamados a eleições para escolherem os seus representantes na Assembleia da República.
PR