«Foi uma das primeiras iniciativas que tivemos e a resposta foi muito boa», destaca Ana Ribeiro
Lamego, 12 out 2022 (Ecclesia) – Os jovens do Comité Organizador Paroquial (COP) de Penude para a Jornada Mundial da Juventude, na Diocese de Lamego, confecionaram uma edição especial de ‘bolachas «JMJ 2023»’, que se esgotou em “cinco minutos”, no final da Missa dominical.
“Esta foi uma das primeiras iniciativas que tivemos para isso e a resposta foi muito boa. As pessoas disseram até que podíamos ter as bolachas um bocadinho mais caras, que podíamos ter feito mais, mas estávamos um pouco a medo. Foi a primeira e não sabíamos como é que as pessoas iam reagir e envolver-se mas correu bem e estamos animados para as próximas”, disse a coordenadora do COP de Penude, em declarações à Agência ECCLESIA.
Ana Ribeiro, que assegurou que “as bolachas vão voltar” no futuro, explicou que confecionaram “160 bolachas”, colocadas em 32 pacotes que venderam a “1 euro cada, para fazer conta certa”.
“E vendemos tudo, num espaço de cinco minutos não havia bolachas. Tínhamos uma pequena mesa, com a nossa bandeira do COP”, acrescentou, sobre a venda realizada no Centro Paroquial de Penude, este domingo (9 de outubro), no final da Missa.
O Grupo de Jovens de Penude tem cerca de 15 elementos, “vai crescendo aos pouquinhos”, e colaboram todos na dinâmica para a JMJ Lisboa e, na tarde de sábado, entre as 15h00 e as 19h00, juntaram-se alguns para confecionar “bolachas de limão e canela”, que tiveram como ingrediente especial a “alegria de quem as estava a fazer”.
Segundo a coordenadora do Comité Organizador Paroquial de Penude todos pensavam que iam “fazer uns moldes” com as iniciais JMJ, mas usaram um “cortador e estampas específicas para bolachas”, que mandar fazer para esta iniciativa.
A ideia das ‘bolachas JMJ 2023’ surgiu numa reunião onde todos os jovens partilharam várias sugestões, agora têm “uma série de ideias para dar continuidade e fazer ao longo do tempo”.
No seu perfil na rede social Instagram, o COP Penude usa o hashtag (marcador) ‘#penudeestáaqui’, e Ana Ribeiro afirma que “no fundo Penude está em todo o lado” e que esta marca “nasceu numa jornada diocesana”, uma das que levaram mais jovens, “um autocarro cheio de jovens” e levaram um cartaz que “acabou por ficar o lema”.
O Grupo de Jovens de Penude existe há vários anos, com a pandemia “ficou um bocadinho parado, um bocadinho disperso”, e a JMJ 2023 está a ser uma das motivações para “voltar a reunir toda a gente” e, agora, “basta espicaçá-los um bocadinho que já são autónomos, nota-se que há vontade de fazer as coisas, ter ideias”.
“Depois da jornada é para continuar. Pelo menos vamos fazer alguma força nisso”, adiantou a coordenadora do COP.
Ana Ribeiro, de 32 anos de idade, faz parte do Grupo de Jovens de Penude há pelo menos 15 anos, “desde que andava na catequese”, foi sempre tentando integrar-se nos jovens que iam surgindo e dando continuidade ao grupo, mas nunca participou numa Jornada Mundial da Juventude.
“Sou estreante e dos outros membros do grupo ainda nenhum participou, são todos mais novos”, explica a entrevistada no contexto da próxima edição internacional da JMJ, de 1 a 6 de agosto de 2023, em Lisboa.
“Acho que estamos todos entusiasmados, não sabemos muito bem o que esperar, não sabemos muito bem o que é que ai vem, mas estamos todos entusiasmados e nota-se mesmo que querem trabalhar”, acrescentou a coordenadora do COP de Penude.
Uma das iniciativas nacionais de preparação e caminho para este encontro é a peregrinação dos dois símbolos da JMJ – a cruz e o ícone mariano “Salus Populi Romani” – pelas dioceses católicas em Portugal, e Lamego já recebeu este périplo no mês de julho.
“Passaram mesmo em Penude e pernoitaram connosco, foi tão bom que querem repetir. Enquanto grupo penso que nos ajudou a ficarmos mais unidos., foi bastante gratificante e algo diferente”, recordou Ana Ribeiro.
Na semana anterior ao encontro mundial, de 26 a 31 de julho de 2023, vão realizar-se os ‘Dias nas Dioceses’, Lamego vai receber jovens de outros países que vão fazer esta experiência nas comunidades católicas e em Penude também “há vontade de os acolher”.
“Agora estamos a trabalhar junto da comunidade para tentarmos acolher o máximo de jovens em casas de família”, realçou a entrevistada.
CB/OC